[FP] Jo Scherr Maquiavel

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Mensagem por Jo Scherr Maquiavel Qui Nov 06, 2014 9:06 pm



JOHANNA MAQUIAVEL

17 anos | ALA 2 | eletrocinese | Shelley Hennig


PARTE 1 (Explosão)

É impossível esquecer o pior dia da minha vida, que foi quando aquela droga de colégio foi atacada pelo governo que não tinha nenhum outro propósito que não fosse eliminar todos nós, portadores do vírus que eles deixaram escapar. Mas também é classificado como o dia em que eles estavam pagando as próprias penitências, pois o tiro desses idiotas saiu pela culatra, pois eu ainda estou viva, ao menos. Lembro-me de que eu estava em uma das aulas de história quando aconteceu o ataque. O docente falava alguma coisa sobre a guerra que levou o planeta a uma nova formação. A história, para mim, era surpreendente e fabulosa até o ponto da formação do novo mundo.

Depois disso, o conteúdo todo começa a ficar um porre e cheio de lacunas que não deveriam existir, pelo fato da sociedade ter desenvolvido tecnologia suficiente para não ter deixado nada ficar despercebido. Minha cabeça formulava várias teorias quando o professor começava a dar as primeiras coordenadas da matéria para nós. Eu tinha muitas canetas marca-texto que eu utilizava para destacar as sentenças que mais marcavam positivamente e que mais me intrigavam. Com a marca-texto verde, eu destacava as passagens que mais me agradavam e que me foram satisfatoriamente esclarecidas. Com a caneta amarela, eu marcava as sentenças cujas eu havia várias teorias diferentes das apresentadas e ensinadas na escola, ou coisas a ver. Coisas marcadas em vermelho eram partes classificadas como suspeitas, falhas e com explicações insatisfatórias.

Naquele momento, a caneta marca-texto vermelha era a que eu mais utilizava. A amarela estava presa em minha boca, caso eu precisasse dela. Havia desistido da cor verde, por hora. Realmente o governo devia esconder muita coisa de nós, e eu confirmei essa minha suposição da pior forma possível.

Sons de explosão envolveram os meus ouvidos quando eu lia repetidamente uma das linhas da apostila de história. O caos invadiu todo o campus e o terror reinou perante todos os alunos. As janelas de vidro viraram menos que mil cacos espalhados pelo chão e uma fumaça causada pela fonte da explosão estava começando a invadir a sala pelas enormes falhas nos vitros do cômodo. Instantaneamente levei a gola da camiseta de algodão que eu vestia por debaixo da jaqueta e tentei inspirar a menor quantidade possível de fumaça. Morrer de asfixia não era uma maneira nada digna de morrer em meio de uma fuga.

Alarmes estavam tocando e luzes vermelhas de emergência piscavam por toda a área interior a da escola, deixando a situação mil vezes pior do que realmente poderia ter se não houvessem essas malditas sirenes que impediam os alunos de ouvir as orientações dos professores que tentavam nos organizar para sairmos da escola sem maiores danos que os que já haviam sido causados a nossa integridade física — já muito precária, por sinal. Todos tivemos que seguir os nossos instintos para sair daquele local de destruição, como um bando de animais que escapam de um incêndio em seu habitat para salvar a própria vida.

Bom, para os governantes, não somos nada mais que animais mesmo. Então, para eles, tudo bem.

Todas as saídas estavam devastadas por um gás totalmente negro e, obviamente, tóxico. Mas a situação não estava melhor no interior da escola. As explosões continuavam e eu não queria permanecer naquela área e explodir pelos ares, junto com o campus. Talvez tentar atravessar aquele gás desconhecido pode ter sido o maior erro da minha vida. Ou não. — Provavelmente eu vou me arrepender muito disso. — Murmurei, apertando os olhos e encarando o portal que dava acesso para a parte de fora do colégio.

Prendi a minha respiração o tanto quanto eu podia, todavia acabei por inspirar o maldito gás. Por mais que a área onde minha respiração oscilou estivesse com uma camada bem menos densa daquele material desconhecido, eu senti a dor. Minhas vias nasais começaram a queimar como se todos os meus canais estivessem banhados em ácido sulfúrico, ou um líquido muito pior. Senti tonturas e enjoos alguns minutos depois, porém continuei com o meu rumo sem deixar a desistência me tomar.

PARTE 2 (Captura)

Minha casa não era uma opção. Se as ordens de explodir o campus fossem mesmo vindas da alta cúpula, eu não estaria segura e muito menos a minha mãe estaria. Depois de horas caminhando e atravessando o que antes fora um bosque, acabei me abrigando num parque de diversões que fora abandonado há muito tempo. Ninguém se dera ao trabalho de tirar aquele local do mapa, e aquele ambiente me parecia muito errado. Tão triste e tão abandonado. Com as marca-textos guardadas no bolso interno da minha jaqueta, acabei tirando a caneta vermelha e marcando cada superfície que eu alcançava com enormes pontos de interrogação, em vermelho.

O local que mais me intrigou foi a roda-gigante, por ter sido um dos brinquedos que mais me agradavam quando eu ainda tinha o luxo limitado de ir ao parque e, naquele momento, num estado deplorável. Contudo foi ali que eu permaneci escondida até os homens de terno preto me encontrarem.

Todo o interior da cabine estava coberto de pequenos pontos de interrogação e eu me encontrava sentada nos bancos, com as pernas cruzadas como um buda. Eu estava meditando, por isso não fugi. Completamente desligada do mundo. Minha mente estava totalmente vazia, mas meu físico estava totalmente consciente do toque alheio e da atmosfera em minha volta. Antes que eu pudesse manifestar qualquer protesto, uma agulha foi injetada em meu braço, me tirando completamente a minha consciência.


LUPA K. DONOVAN


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here you have no choise, no peace and no hope

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