MCCARTNEY, Devonne Selena
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MCCARTNEY, Devonne Selena
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coordenador
HISTÓRIA
Estava chovendo. E estava frio. Estava chovendo e estava frio.
Eu estava do lado de fora da casa onde minha filha morava com os pais adotivos. Eu estava dentro do carro, observando a casa pela janela do carro enquanto um dilúvio caia do lado de fora.
Era o sétimo aniversário dela, 22/03/2018, e todos os anos eu vinha aqui, observava a casa e ia embora. Mas algumas semanas atrás, eu conversei com os pais, mostrei meu interesse de me reaproximar da criança.
Eles concordaram, disseram que entendiam as circunstâncias pela qual ela foi dada para adoção e permitiram que eu me aproximasse lentamente. Eu não sei até que ponto eles deixariam. Eu faria parte da vida dela um dia? Eu seria convidada para a formatura? Ela me chamaria de mãe assim como chama a outra? Eu seria parte da família?
Antes dessa chuva toda começar, eu estava dentro da casa, comendo bolo e bebendo vinho quanto Íris, minha filha, brincava com a pequena harpa que eu havia dado a ela, ela me pediu esse presente alguns dias antes, quando eu disse que tocava harpa e mostrei um vídeo meu para ela. Iris ficou encantada.
Íris sabe que eu sou alguém da família, me associa à uma tia que voltou para Paris recentemente. Eu tenho passado bastante tempo com ela, tentando me aproximar.
Nós -Eu, Louis e Anne-, concordamos que na hora certa ela saberia quem eu era. Quando estivesse maior para entender a situação. Eu, como psiquiatra, fui a primeira a concordar, não queria que ela me rejeitasse e ficasse com ódio do casal que a criou tão bem.
Ela tinha todos os meu traços -cabelos ruivos, olhos verdes e a pele muito branca-, e algumas coisas do pai, como as bochechas mais saltadas e o cabelo levemente ondulado. Era muito inteligente, talvez tenha puxado isso dos quatro.
Eu me ofereci para pagar os estudos dela, já que Anne e Louis tinham uma vida muito boa, mas não o suficiente para prover uma educação melhor para Íris-, com relutância eles aceitaram, e no próximo semestre Íris começaria a estudar na melhor escola da cidade, juntamente com aulas de música e teatro.
Enquanto eu estava lá dentro, bebendo vinho e conversando com Anne, meu telefone celular tocou, número do Hospital. Um paciente meu teve um surto e atacou duas enfermeiras e uma médica, eu me desculpei e deixei a casa.
Agora eu desejava não ter atendido o telefone.
Liguei o carro e troquei a marcha, sai da vaga e segui em direção ao Hospital. Com toda essa chuva, eu precisei dirigir devagar e levei o dobro de tempo para chegar ao local.
O Hospital ficava mais afastado do centro, era enorme e tinha uma aparência até convidativa, mas ninguém queria entrar ali.
Estacionei e peguei minha bolsa, correndo para dentro do edifício para fugir da chuva. Depois de mostrar minha identificação para o segurança e entrar na recepção, tirei meu casaco e todas as minhas jóias e guardei na bolsa, pegando meu jaleco branco em seguida.
Dra. Devonne, psiquiatria , estava bordado no jaleco.
Eu preferia que me chamasse por Devonne, sobrenome da minha mãe, do que McCartney, nome do meu pai. Longa história.
Pendurei meu casaco e guardei minha bolsa na sala dos médicos e fui em direção à quarentena, onde meu querido paciente me aguardava.
Prendi meu cabelo num coque, seguindo o regulamento de segurança do Hospital e mostrei minha identificação novamente. Quando a porta eletrônica se abriu, respirei fundo e adorei uma postura mais séria.
-Quarto 8B-Disse o segurança, me entregando o prontuário do paciente.
As vezes eu sentia falta do prontuário eletrônico do hospital em que trabalhei anteriormente, era muito mais simples e rápido.
Segui pelo corredor iluminado, alguns quartos estavam vazios, outros com a porta fechada e a janela tapada.
Parei em frente a porta do quarto 8B e dei leves batidas, sem esperar uma resposta, entrei e fechei a porta em seguida.
O paciente, James Fitzgerald, estava amarrado na cama, a blusa branca estava com alguns pontos de sangue, que imaginei serem das mulheres atacadas. Seus olhos estavam na minha direção, o rosto sereno.
- Olá, James. Como foi seu dia?- peguei uma cadeira que estava atrás da mesa e coloquei ao lado da cama -Fiquei sabendo do seu pequeno incidente hoje. Achei que já tínhamos passado dessa fase.- Ele apenas olhava para mim, sem nenhuma reação.
Eu conhecia aquilo. Ele não ia falar, não por bem.
"O paciente se recusou a tomar os remédios, ao insistir o paciente se levantou e atacou a enfermeira, jogando-a na parede e pressionando seu pescoço com as duas mãos"
Li o prontuário em voz alta, dei um suspiro e levantei.
Fui até o guarda no final do corredor, pedi que me trouxesse um par de luvas e minha maleta, aguardei alguns minutos e voltei para o quarto.
-Acho que você já conhece essa parte da história, certo James?-Me dirigi até a mesa e abri a maleta.
Olhei para trás, e achei ter visto um lampejo de desespero em seus olhos, mas se teve algo ali, sumiu no mesmo instante.
Coloquei minhas luvas e peguei a seringa, peguei o frasco amarelo e o coloquei o conteúdo na seringa. Voltei a me sentar ao lado de James.
-Se lembra qual era o nosso acordo? Sem mais ataques, sem mais dor. E você sabe que dói. Sabe que queima. Era só você se manter comportado, o que foi que aconteceu?-Esperei uma resposta que não veio.
James apenas desviou o olhar, ele sabia o que o esperava, e dessa vez seria muito pior.
Cada vez que James atacava alguém, ou tinha algum tipo de surto, eu aumentava a dosagem do ácido, ele só causava muita dor e uma sensação de queimação horrível tanto por dentro quanto por fora. E quanto maior a dosagem, maior a dor.
Injetei o líquido em James e aguardei, logo seu corpo ficou mais quente e ele gemia cada vez mais alto.
Eu fiquei observando, a pele ficava cada vez mais vermelha, os gemidos cada vez mais altos, o suor saindo pelos poros da pele.
Em determinado momento, James apagou. A dor era tanta que seu cérebro desligou para evitar que aquilo continuasse. Eu fui até a maleta e peguei o antídoto, não sabia exatamente que tipo de dano uma dosagem como aquela poderia causar ao corpo, mas certamente eu não queria a morte.
Injetei o antídoto e logo a temperatura foi abaixando, a vermelhidão foi diminuindo.
Eu não sabia exatamente o que sentir em relação ao método que eu criei. Eu sei que os novos ácidos, criados para a tortura física, não são meus favoritos, mas os neurocomponentes, criados para tortura psicológica, eram bem mais eficazes.
Me levantei e peguei a maleta, ao sair do quarto dei de cara com Melissa, a recepcionista do Hospital.
-Desculpe, Dra. Devonne, mas é do Instituto Mortiri. De novo.- dei um suspiro e segui meu caminho para a sala dos médicos. -Eles querem saber se já tem uma resposta à oferta deles.-
Há duas semanas atrás eu recebi uma ligação do Instituto, me oferecendo uma posição onde eu poderia fazer mais uso dos meus métodos. Era uma oferta boa, salário bom. A única coisa ruim seria o tempo que eu teria com Íris, que seria reduzido a quase zero.
Melissa ainda estava atrás de mim quando eu guardei a maleta e me dirigia para fora do Instituto.
-Diga à eles que eu aceito a oferta. Começo amanhã mesmo.-
Eu estava do lado de fora da casa onde minha filha morava com os pais adotivos. Eu estava dentro do carro, observando a casa pela janela do carro enquanto um dilúvio caia do lado de fora.
Era o sétimo aniversário dela, 22/03/2018, e todos os anos eu vinha aqui, observava a casa e ia embora. Mas algumas semanas atrás, eu conversei com os pais, mostrei meu interesse de me reaproximar da criança.
Eles concordaram, disseram que entendiam as circunstâncias pela qual ela foi dada para adoção e permitiram que eu me aproximasse lentamente. Eu não sei até que ponto eles deixariam. Eu faria parte da vida dela um dia? Eu seria convidada para a formatura? Ela me chamaria de mãe assim como chama a outra? Eu seria parte da família?
Antes dessa chuva toda começar, eu estava dentro da casa, comendo bolo e bebendo vinho quanto Íris, minha filha, brincava com a pequena harpa que eu havia dado a ela, ela me pediu esse presente alguns dias antes, quando eu disse que tocava harpa e mostrei um vídeo meu para ela. Iris ficou encantada.
Íris sabe que eu sou alguém da família, me associa à uma tia que voltou para Paris recentemente. Eu tenho passado bastante tempo com ela, tentando me aproximar.
Nós -Eu, Louis e Anne-, concordamos que na hora certa ela saberia quem eu era. Quando estivesse maior para entender a situação. Eu, como psiquiatra, fui a primeira a concordar, não queria que ela me rejeitasse e ficasse com ódio do casal que a criou tão bem.
Ela tinha todos os meu traços -cabelos ruivos, olhos verdes e a pele muito branca-, e algumas coisas do pai, como as bochechas mais saltadas e o cabelo levemente ondulado. Era muito inteligente, talvez tenha puxado isso dos quatro.
Eu me ofereci para pagar os estudos dela, já que Anne e Louis tinham uma vida muito boa, mas não o suficiente para prover uma educação melhor para Íris-, com relutância eles aceitaram, e no próximo semestre Íris começaria a estudar na melhor escola da cidade, juntamente com aulas de música e teatro.
Enquanto eu estava lá dentro, bebendo vinho e conversando com Anne, meu telefone celular tocou, número do Hospital. Um paciente meu teve um surto e atacou duas enfermeiras e uma médica, eu me desculpei e deixei a casa.
Agora eu desejava não ter atendido o telefone.
Liguei o carro e troquei a marcha, sai da vaga e segui em direção ao Hospital. Com toda essa chuva, eu precisei dirigir devagar e levei o dobro de tempo para chegar ao local.
O Hospital ficava mais afastado do centro, era enorme e tinha uma aparência até convidativa, mas ninguém queria entrar ali.
Estacionei e peguei minha bolsa, correndo para dentro do edifício para fugir da chuva. Depois de mostrar minha identificação para o segurança e entrar na recepção, tirei meu casaco e todas as minhas jóias e guardei na bolsa, pegando meu jaleco branco em seguida.
Dra. Devonne, psiquiatria , estava bordado no jaleco.
Eu preferia que me chamasse por Devonne, sobrenome da minha mãe, do que McCartney, nome do meu pai. Longa história.
Pendurei meu casaco e guardei minha bolsa na sala dos médicos e fui em direção à quarentena, onde meu querido paciente me aguardava.
Prendi meu cabelo num coque, seguindo o regulamento de segurança do Hospital e mostrei minha identificação novamente. Quando a porta eletrônica se abriu, respirei fundo e adorei uma postura mais séria.
-Quarto 8B-Disse o segurança, me entregando o prontuário do paciente.
As vezes eu sentia falta do prontuário eletrônico do hospital em que trabalhei anteriormente, era muito mais simples e rápido.
Segui pelo corredor iluminado, alguns quartos estavam vazios, outros com a porta fechada e a janela tapada.
Parei em frente a porta do quarto 8B e dei leves batidas, sem esperar uma resposta, entrei e fechei a porta em seguida.
O paciente, James Fitzgerald, estava amarrado na cama, a blusa branca estava com alguns pontos de sangue, que imaginei serem das mulheres atacadas. Seus olhos estavam na minha direção, o rosto sereno.
- Olá, James. Como foi seu dia?- peguei uma cadeira que estava atrás da mesa e coloquei ao lado da cama -Fiquei sabendo do seu pequeno incidente hoje. Achei que já tínhamos passado dessa fase.- Ele apenas olhava para mim, sem nenhuma reação.
Eu conhecia aquilo. Ele não ia falar, não por bem.
"O paciente se recusou a tomar os remédios, ao insistir o paciente se levantou e atacou a enfermeira, jogando-a na parede e pressionando seu pescoço com as duas mãos"
Li o prontuário em voz alta, dei um suspiro e levantei.
Fui até o guarda no final do corredor, pedi que me trouxesse um par de luvas e minha maleta, aguardei alguns minutos e voltei para o quarto.
-Acho que você já conhece essa parte da história, certo James?-Me dirigi até a mesa e abri a maleta.
Olhei para trás, e achei ter visto um lampejo de desespero em seus olhos, mas se teve algo ali, sumiu no mesmo instante.
Coloquei minhas luvas e peguei a seringa, peguei o frasco amarelo e o coloquei o conteúdo na seringa. Voltei a me sentar ao lado de James.
-Se lembra qual era o nosso acordo? Sem mais ataques, sem mais dor. E você sabe que dói. Sabe que queima. Era só você se manter comportado, o que foi que aconteceu?-Esperei uma resposta que não veio.
James apenas desviou o olhar, ele sabia o que o esperava, e dessa vez seria muito pior.
Cada vez que James atacava alguém, ou tinha algum tipo de surto, eu aumentava a dosagem do ácido, ele só causava muita dor e uma sensação de queimação horrível tanto por dentro quanto por fora. E quanto maior a dosagem, maior a dor.
Injetei o líquido em James e aguardei, logo seu corpo ficou mais quente e ele gemia cada vez mais alto.
Eu fiquei observando, a pele ficava cada vez mais vermelha, os gemidos cada vez mais altos, o suor saindo pelos poros da pele.
Em determinado momento, James apagou. A dor era tanta que seu cérebro desligou para evitar que aquilo continuasse. Eu fui até a maleta e peguei o antídoto, não sabia exatamente que tipo de dano uma dosagem como aquela poderia causar ao corpo, mas certamente eu não queria a morte.
Injetei o antídoto e logo a temperatura foi abaixando, a vermelhidão foi diminuindo.
Eu não sabia exatamente o que sentir em relação ao método que eu criei. Eu sei que os novos ácidos, criados para a tortura física, não são meus favoritos, mas os neurocomponentes, criados para tortura psicológica, eram bem mais eficazes.
Me levantei e peguei a maleta, ao sair do quarto dei de cara com Melissa, a recepcionista do Hospital.
-Desculpe, Dra. Devonne, mas é do Instituto Mortiri. De novo.- dei um suspiro e segui meu caminho para a sala dos médicos. -Eles querem saber se já tem uma resposta à oferta deles.-
Há duas semanas atrás eu recebi uma ligação do Instituto, me oferecendo uma posição onde eu poderia fazer mais uso dos meus métodos. Era uma oferta boa, salário bom. A única coisa ruim seria o tempo que eu teria com Íris, que seria reduzido a quase zero.
Melissa ainda estava atrás de mim quando eu guardei a maleta e me dirigia para fora do Instituto.
-Diga à eles que eu aceito a oferta. Começo amanhã mesmo.-
Selena Devonne McCartney ESTÁ
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Ana
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Nenhuma
Idade :
27
Frase :
Wonder
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