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Mensagem por Trevor Van O'Connail Dom Set 28, 2014 12:06 am


ZOË FOXX & ADAM FOXX

Um quarto de 4 metros quadrados, com uma iluminação forte e branca. 3 paredes são de cor branca e a parede das cabeceiras das camas são azuis-cinza. No quarto, na parede lateral esquerda, tem uma cabine onde há uma pia e um sanitário; A cabine se fecha automaticamente quando se entra ela e se abre quando sente a palma da mão do paciente pressionando a porta. As beliches são de madeira branca com lençois e fronhas azuis-cinza.

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Última edição por Trevor Van O'Connail em Ter Set 30, 2014 2:13 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Ter Set 30, 2014 10:41 am

Depois de ter encontrado Hanna, meu corpo inteiro ficou em um estado de estupor enquanto eu caminhava em direção a meu quarto. O sorriso de Hanna ainda me perturbava e a única coisa que eu pensava no momento era o que aquilo significava. Devo ter me perdido algumas vezes entre os corredores pois levei mais tempo para voltar a meu quarto do que ir até as escadas. Passei por outros quartos, onde duas garotas loiras estavam e as encarei. Estava com tanta raiva que poderia arrumar briga logo cedo. Mas então, a garota de olhos azuis bota sua atenção toda em mim. Como se eu fosse interessante para ela... "Não. Preciso achar Adam." Saí da porta das garotas e ao andar apenas alguns passos, estava de frente ao meu quarto.
Adam ainda estava na cama, mas parecia acordado pelos movimentos que ele fazia com sua mão em seu cabelo. Era algo natural dele, fazer "carinho" em si próprio quando não tinha á mim.
Entrei no quarto lentamente, encarando meu irmão que olhou para mim com a testa franzida. Automaticamente, seu carinho em si próprio parou e ele levantou seu tronco da cama. Adam não disse nada, e eu agradeci. O encarei até chegar na metade do quarto, onde virei o rosto em direção ao banheiro tecnológico e coloquei as mãos no rosto. Devo ter encarado o garoto com raiva, pois ele em silêncio só mostrava o quanto ele estava com receio em falar comigo. Queria demonstrar que ele poderia sair da merda da cama e se aproximar... Mas eu não conseguia. A imagem de Hanna sorrindo misturada com minha primeira vez com Heath estavam assombrando minha mente. Senti meus olhos s encherem de lágrimas, mas não era lágrimas sentidas... Eram mais como um estado de nervoso máximo... Poderia sair de minha posição e começar a meter porrada em Adam sem nenhuma explicação... Mas eu saberia que quando fizesse isso, ele apenas me embalaria em seus braços e me beijaria para me acalmar.
Tirei as mãos de meu rosto e me virei para Adam. As lágrimas estavam embaçando minha visão e a queimação de minha raiva estava provavelmente me deixando completamente vermelha.
Hanna está aqui. E Heath.  
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Ter Set 30, 2014 1:38 pm

Desde que tivemos passe liberado para transitar no hospital psiquiátrico, eu preferi ficar no quarto do que sair. Qualquer coisa para passar o tempo valia, algo como inventar músicas que zoam os diretores de mortiri, bater punheta ou falar com o Mudongo, um garotinho de 7 anos que se parece assustadoramente comigo. Zoë, contrário de mim, deu no pé do quarto na primeira oportunidade, e eu a entendia, era como se aquilo fosse uma gaiola e nós fossemos canarinhos que xingam os donos de filhos da puta e eles acham que estamos cantando. Eu estava sozinho no beliche de cima, deitado de barriga para baixo e mexendo os pés inquietamente, quando vi Mudongo adentrar no quarto. Ele não usava roupas do instituto e isso me estranhava um pouco, mas decidi deixar isso quieto. Ele me cumprimentou e eu suspirei.
— Eae, Mudongo. — O respondi sem vontade. Ele se sentou no beliche de baixo, seus roçavam no chão mas ainda não os tocava completamente, e ficou balançando as pernas. Ele me perguntou sobre o que eu estava fazendo e eu ri sarcasticamente, girando na cama e ficando de barriga para cima. — Falando com um pirralho que não sabe o que significa 69. — Mudongo resmungou lá de baixo e eu pude ouvir, depois, impaciente ele me perguntou o que era, e eu ri mais ainda. — Viu?! — Exclamei com ar de riso, desfazendo logo a cara animada e olhando para o teto, eu quase me sentia sufocado neste lugar. — Mudongo, cadê seus pais? — Perguntei, curioso. Conheci o menino durante a primeira noite depois que fui jogado aqui, e ele parecia estar bastante habituado com o ambiente. Normalmente, ele me respondeu que seus pais estavam presos, e eu assenti falando apenas um "Ah". Passamos um tempo em silêncio, e eu já não aguentava mais ficar quieto, logo comecei a inquietamente correr os dedos pelos meus fios de cabelo, enquanto pousava a outra mão na minha barriga sem camisa. — Ei Mudongo... — Fui interrompido pelo tampinha, que exclamou "Jöe!" sem paciência. — É, tanto faz. O que você está fazendo aqui? — Ele ficou em silêncio.
Ao longe, escutei alguns passos pelo corredor, essa pessoa parecia que não teve um bom dia, pois pisava duro. Estava escutando os passos se aproximar atentamente, quando uma frase proferida pela voz irritante do menino me desconcentrou, foi um "Tenho que ir". Tranquilamente, ele se levantou da cama e ao mesmo tempo, Zoë entrou pela porta. Ela ignorou completamente Mudongo, quase como ela não o visse, mas era impossível não o ver. Decidi ficar quieto. Zoë não parecia muito bem, andou lentamente até o banheiro enquanto me encarava. Parei de me distrair com o cabelo e me sentei na cama, olhando-a atentamente. Há algo de errado. Ver a mistura de emoções que estavam estampadas em seu rosto me deixava  um pouco triste. Em um pulo curto, saltei da cama de cima e meus pés encontraram o chão em um choque de impacto. Mordi o lábio para não demonstrar nenhuma reação de dor, e apenas a encarei. As palavras que escutei da boca dela, me deixaram um tanto quanto que abalado.
— Hanna e Heath estão? — Perguntei, surpreso. Isso definitivamente não estava certo. Agora, eu não enxergava outra coisa no rosto dela a não ser raiva. Seu rosto estava avermelhado, e seus olhos estavam marejados. Arrisquei um passo a frente, Zoë sempre fora bastante teimosa e perigosa quando estava assim. — Nossos primos? Tem certeza? — Questionei novamente, desacreditado. Eu queria que ela me contasse o que soubesse, mas acho que não deveria perguntar assim de lata, não no estado emocional que minha irmã se encontrava. Doce Zoë.
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Ter Set 30, 2014 8:47 pm

Adam ousou se aproximar mais um passo e eu recuei. Meus olhos ainda estavam vidrados em seu rosto e comecei a negar com a cabeça lentamente em um aviso de "não... por favor". Ele sabia que a qualquer momento eu poderia pular em cima dele e começar a agredi-lo... Mas eu também poderia me machucar. Gostaria de ter ele ali, mas de longe. Ou não.
Adam começou a perguntar e novamente o calor subiu em meu corpo. Como assim ele estava me questionando? Achava que eu tinha visto coisa? Eu estava chorando, uma coisa que era bem raro em mim. Adam não tinha noção do que estava fazendo ou estava muito abalado para me fazer essas perguntas. Me afastei mais alguns passos e deixei que minhas costas encostasse na parede gélida e branca. — Sim. Eu... Falei com Hanna. — Meus olhos, que antes estavam encarando Adam, agora começavam a encarar o chão. Uma lágrima rolou em minha bochecha enquanto meu corpo escorregava na parede me fazendo sentar toda encolhida. Abracei meus joelhos a meu peitoral enquanto, disfarçadamente, enxugava a lágrima. — Ela disse que Heath também estava... — Dei de ombros, mais como um gesto de nervosismo. — E... — O que eu iria falar? Gostaria de poder dizer "e eu disse para Hanna que Heath tirou minha virgindade" mas eu não iria conseguir. Eu sabia que no fundo, Adam sentia algum ciúmes de Heath... Mais o motivo eu não fazia ideia. Que eu saiba, nunca tinha mostrado algo fora do normal ou estranho... Sempre fui eu mesma. Sempre fui Zoë. — Adam, nós vamos morrer! — Levantei meus olhos marejados para Adam, e foi naquele momento que eu percebi que estava entrando em crise. "Não, por favor, agora não" pedia em minha cabeça, mas como resposta, um desespero tomava conta de meu corpo que tremia enquanto eu arfava por ar. Ataque de pânico. — Nós... Eles... Eu... Não... Adam não consigo! — Meu peito começava a subir e a descer freneticamente. Atrás de Adam, coisas começavam a se mexer: sombras. Podia ouvir algumas vozes vindo do corredor... Ou eu achava que era de lá. Meus olhos começaram a rolar de um lado para o outro, sabendo que algo poderia me machucar a qualquer momento. Tinha algo no quarto... Eu podia sentir o quando isso queria me machucar. — Adam! — Gritei e subi meu corpo rapidamente — mas com dificuldade —, meus olhos não paravam de encarar a porta e eu tive de ser rápida para trancar a porta antes que as vozes me alcançasse. A porta se fechou em um estrondo abafado, aço com aço... Eu estava protegida pelas vozes do corredor... Mas ainda tinha algo no quarto.
Olhei para Adam pelos ombros, suplicando para que ele me ajudasse.    
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Ter Set 30, 2014 9:26 pm

A cada um passo meu, Zoë recuava três. Mesmo com seus avisos silenciosos, apenas movendo a cabeça, eu me aproximava mesmo assim, foda-se se ela iria me estrangular se eu chegasse mais perto. Zoë estava chorando como eu nunca a tinha visto, meu coração estava partido com aquilo, e eu me sentia inútil. Continuei avançando alguns passos, e ela continuou recuando, até que suas costas encontraram a parede. Parei em uma distância segura entre ela e o obstáculo e cruzei os braços, encarando-a seriamente. Tem que ser uma brincadeira, mas eu sabia que não era. Zoë abaixou o olhar quando disse que falou com Hanna e eu mordi o lábio, nervoso. Meu silencio apreensivo demonstrava que meu pensamento estava acelerado e estava atrás de um solução para a situação, porém nada chegava. O som irritante do atrito da roupa de Zoë e a parede enquanto a menina escorregava me chegou aos ouvidos, e aquilo me fez ficar impaciente. Escutei Zoë falar que Heath também estava, e aquilo deixou a situação menos pior, pois Hanna teria quem a protegesse. Ela quis dizer mais alguma coisa, porém não completou. Passei a mão inquietamente no meu cabelo e suspirei profundamente. — E...? — Mas ela me ignorou e continuou imersa em seus pensamentos, e eu logo soube que ela não iria falar. Então, Zoë levantou o olhar para mim e meus olhos azuis se encontraram com os seus, estava com uma cor fraca e morta, sem brilho algum, aquilo era perturbador.
— Nós não vamos morrer, Zoë! — Exclamei de sobrancelha erguida. Mas que merda ela está falando? Seu corpo começou a tremer do nada, e sua respiração ficou ofegante, infelizmente eu sabia do que se tratava. Ela começou a falar palavras fora de ordem, fiquei confuso. Olhei para ela, que estava com o olhar perdido atrás de mim como quem estava vendo fantasmas. — Você tá bem? — Claro que ela não está bem, idiota! Eu não sabia o que fazer, toda essa pressão psicológica que Mortiri estava flexionando na mente de Zoë poderia a ter afetado muito, e isso poderia ser prejudicial para minha integridade física - que eu pouco me importava no momento - e psicológica. Eu sabia que qualquer coisa que acontecesse com Zoë, eu poderia ficar louco em poucos segundos. Ela exclamou meu nome alto, e eu dei um pulo para trás assustado. Ela estava nervosa, subiu o corpo novamente e se pôs de pé muito rápido para quem estava sentada. — Para onde você vai? — Perguntei confuso, seguindo-a com o olhar. Ela correu até a porta e bateu com força, trancando rapidamente com a maior agilidade possível que ela poderia ter. Ela olhou para mim, seu olhar pedia socorro.
— Calma Zoë, está tudo bem! — Falei, correndo até ela e parando alguns centímetros da mesma. Zoë me assustava em algumas ocasiões, e essa era uma delas, eu não sabia como ela estava emocionalmente e estava bastante abalada com algo. Ela continuava nervosa, respirando rápido porém muito pouco, eu passei as duas mãos no cabelo impaciente, sem saber o que fazer. Foda-se se ela pode me machucar. Avancei rapidamente na direção da minha irmã e a abracei o mais forte que pude, protegendo todo o seu corpo pequeno e a trazendo ainda mais para mim. — Zoë, fique calma, está tudo bem, eu estou aqui com você, ninguém vai nos matar, eu não vou deixar. — Sussurrei devagar em seu ouvido, agora as lágrimas também brotavam nos meus olhos, vê-la daquele jeito tão... vulnerável me deixava fora do normal, porém não podia demonstrar fraqueza, não agora. Encaixei o rosto da morena entre as minhas mãos e a fiz me encarar. — Zoë, olha para mim e me escuta bem, ninguém vai tocar em você, okay? Ninguém vai tocar em nós! — Exclamei, um tanto quanto determinado e inseguro. Com nós, eu havia incluído os quatro Winchtöski que segundo ela, estava internado aqui também. — Não importa a situação, eu estou com você Zoë! — A puxei para outro abraço forte e fiquei em silêncio, tentando acalmá-la aos poucos.
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Qua Out 01, 2014 12:27 am

Enquanto eu estava preocupada em não ser atacada a qualquer momento, Adam começava a dizer algo sobre me acalmar. Olhei para seu rosto com uma expressão incrédula. Era possível que ele estava armando para mim? Meu irmão? Não... Não podia ser verdade, porém, eu ainda mantinha alguns passos de distancia dele. Adam parecia indeciso e eu fiquei me perguntando o por quê. De uns tempos para cá, nós não tínhamos nos falado muito como era de costume. Agora, o que mais fazíamos era nos separar enquanto eu explorava o local e ele se divertia em seus sonhos. Ele poderia estar esquecendo de mim, poderia estar me esquecendo de alguma forma, poderia estar se enjoando de mim? Eu não poderia aguentar sem Adam.
Mal percebi que minha respiração estava ficando mais lenta ainda. Meu coração estava batendo a 100 por hora, o que não era uma coisa boa, pois sabia que a qualquer momento eu poderia cair morta ali mesmo... E se meus pensamentos estivessem corretos, Adam nem ligaria para minha falência. — Você... Não me quer mais por perto? — Sussurrei enquanto levava minhas mãos até meu rosto. Podia sentir a quentura se apossando de mim como uma fogueira se apossava das bruxas em Salém. — O que eu fiz? Algo de... Errado? — Levantei meus olhos, sem tirar minhas mãos de meu rosto, e comecei a analisá-lo. Era o mesmo Adam, sua expressão confusa e irritada estava bem clara, ele queria algo... Eu não conseguia entender o por quê de ele querer me machucar; E mais uma vez, algo se mexe atrás dele e meu coração dispara. — VOCÊ! Você lembra quando mamãe me deu um gato e... — Eu havia esquecido o resto da história. Aliás, nem sabia se aquilo mesmo era real, a memória era igual a imagem do rosto do Cuidador subindo e descendo sobre meu corpo. Uma memória não-fixa. Mas eu precisava de algo... Que fosse ao menos uma lembrança boa de quê eramos felizes. Mas nada vinha á minha cabeça. Minhas mãos, que estavam em meu rosto, subiram para minha cabeça enquanto eu batia elas na mesma tentando lembrar de algo. — Eu... Sei que tá aqui, mas não consigo lembrar! — De repente, meu mundo inteiro se isola. Estou nos braços de Adam e tudo o que era de ruim começara a passar. Eu tinha um gato, mas era ele quem tinha me dado. Não havia mais vozes vindo do corredor e as sombras atrás de meu irmão eram apenas lençóis brancos finos. Tudo se clarerou, a luz branca do quarto pareceu ter entrado em minha mente e limpado tudo, como se fosse um programa para resetar todos os vírus. Aquela era uma sensação ótima, uma sensação que só Adam poderia me fazer sentir.
Passei minha mão em sua cintura enquanto ele me fazia olhá-lo nos olhos, que eram tão brancos quanto os meus. Pareciam geleiras prestes a desmoronar e se você passasse muito tempo olhando, poderia sentir o frio subir por sua costela. — Pensei que você... Estivesse enjoado de mim. — E então, minha consciência volta ao normal. Eu estava agindo igual uma louca... Que porra tinha sido aquilo? Tinha me mostrando tão frágil e tão inutil... E isso tudo ao mesmo tempo. Se tivesse uma borracha para limpar aquilo tudo, eu começaria limpando desde meus passos para as escadaria. — Me desculpe. Não sei o que houve. — Levei meus olhos para a boca de Adam e suspirei. — Perdi o controle. De novo. — E com um movimento leve, lhe dei um selinho lento e macio. — Tá tudo bem. — E então o abracei, colocando minha cabeça em seu peitoral enquanto passava minhas unhas por sua espinha. — Hanna ficou feliz quando disse que você estava aqui. — Um estalo se vez em meu cérebro. — Espera... Hanna ficou feliz demais quando disse que você estava aqui. — Me afastei de meu irmão, separando nossos corpos pela minha mão em seu peitoral. Então era por isso que Hanna agiu daquele jeito? Merda! "Irmãos alheios" pensou. — Wow! Hanna gosta de você!? — A afirmação saiu como uma pergunta, mas agora eu tinha 100% do que estava falando enquanto um sorriso se pendurava em meu rosto. — Sem chance... — A imagem de Heath veio em minha cabeça e eu novamente me perdi em pensamentos. Ou melhor, me perdi em Heath.     
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Qua Out 01, 2014 3:02 pm

Sentir o pequeno corpo de Zoë contra o meu, definitivamente era a melhor sensação do mundo. Suas mãos passaram lentamente por minha cintura, seu rosto estava encaixado perfeitamente em minhas mãos, como se fossemos moldados pelo criador do universo um para o outro. Enquanto a encarava, Zoë falou que achava que eu estava enjoando dela. Acariciei sua bochecha com o meu polegar e analisei todo o seu rosto de anjo, enquanto eu mordia meu próprio lábio inferior. — Eu não estou enjoando de você, boca de veludo. — Esbocei um pequeno sorriso ao sussurrar as palavras de conforto. Naturalmente, para parecer forte - coisa que ela realmente era -, ela se desculpou por ter agido de tal maneira, e eu apenas sussurrei um tudo bem. Ela pô-se na ponta dos pés e encostou seus lábios macios nos meus, um selinho, um bom e lento selinho. Logo depois, ela falou que estava bem e me abraçou novamente, deitando a cabeça no meu peitoral e passando a unha no meu corpo.
— Espero que esteja. — Sussurrei, mais para mim do que para Zoë quando ela falou que estava bem. Ainda com a cabeça deitada em meu peitoral, ela falou que Hanna ficou feliz ao saber que eu estava aqui. Eu franzi o cenho, sem entender o que feliz significava naquela frase. Ela estava feliz por que eu estava internado em uma clínica de doido com ela, Zoë e Heath? Sério isso? Dei de ombros, tentando realmente não entender. Até que Zoë, decidida, falou algo sobre isso como se houvesse alguma coisa suspeita entre Hanna estar feliz. Ela pousou sua mão no meu peitoral e tomou um pouco de distância, olhando para mim de um jeito divertido. Sério, essa magrela é muito bipolar. Se um dia os polos da Terra se inverterem, não se preocupem, Zoë tem dois que vai equilibrar o meio ambiente, oh yeah, ecologia babe. Meio exclamação meio pergunta, Zoë insinuou que Hanna gostava de mim, e em um tom um tanto quanto que alto. Ergui as sobrancelhas, encarando ela de cenho franzido e com um olhar de "mas que porra". — Gosta? — Perguntei. Eu sempre soube que Hanna ficava um pouco diferente comigo, mas gostar de mim está fora de questão. Zoë murmurou um "sem chance" ainda sorrindo, e eu me perguntava o que aquilo seria dizer. Eu já não estava entendendo muita coisa do que ela queria dizer. — Enfim. — Revirei os olhos. — Se ela gostar, outro dia eu descubro. — Finalizei, pondo um ponto final no tópico.
Passei uma das mãos nervosamente no meu cabelo e bagunceio-o um pouco. Zoë agora estava conformada com o fato de que os Winchtöski estavam aqui, e já não parecia mais tão fraca emocionalmente. Coloquei ambas as mãos na cintura dela novamente, trazendo-a para mim como estávamos antes dela tocar no assunto de Hanna. — Acho que isso não é problema para agora... — Sussurrei para ela, roçando meu nariz ao seu e fitando excessivamente seus lábios com desejo em demasia. Mordi seu lábio inferior e dei uma puxadinha de leve para provocá-la, descendo uma das mãos para a bunda da menina e dando uma leve tapinha. Soltei o seu lábio e dei uma risada baixa e fraca. — Não ficamos tão próximos desde que fomos jogados aqui. — Sussurrei para Zoë.
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Qua Out 01, 2014 8:09 pm

Adam parecia estar calmo e fez uma cara surpresa. Espera... Ele não sabia? Tudo bem que eu tinha demorado para entender (demorado mais de 6 anos) ms Adam passava o tempo todo com Hanna... E agora, as peças que faltavam estavam fazendo sentido.
Hanna sempre ficava ao lado de Adam quando íamos para um cinema ou até mesmo quando andávamos na rua. Quando eu pedia para ela se sentar comigo, sempre dizia que algo doía em seu corpo e logo depois estava de mãos dadas com meu irmão. MÃOS DADAS! Eu fui muito burra.
Enquanto me punia por ter sido tão idiota, Adam continuava em minha frente com o olhar confuso. Ele tinha de saber, isso era impossível... Mas pela sua face, parecia estar tentando esquecer aquilo tudo... Ou talvez, não dar atenção pois sabia que poderia ser mentira. Afinal, eu tinha acabado de sair de uma crise. — Adam... Olhe para mim e diga que não sabia disso. — Dessa vez, fui eu quem coloquei minha mão em seu rosto, fazendo-o olhar para mim. Eu sabia quando Adam mentia. Desde pequenos, eu vivia bombardeando Adam de perguntas como "quem era aquela menina com você?!" "você gosta dela?" sim... O ciúmes era grande em mim desde meus 6 anos. — Não minta, certo? — Deu uma pausa, molhando os lábios logo em seguida. — Você sabia que Hanna gostava de você? Você... Gosta dela? — Aquela ideia atravessou meu peito. Era ruim e boa ao mesmo tempo. Eu amava os dois, gostaria de que eles ficassem juntos... Mas, também tinha eu.

Percebi que Adam começou a mudar de assunto. Ele sabia muito bem como fazer isso. Botou a mão em minha cintura, me colocando mais perto de seu corpo enquanto descia os lábios nos meus. Eu estava nervosa, sim... Mas não iria resistir a muito tempo. — Adam... — Disse enquanto ele soltava meu lábio. — Não começa. Sim, estamos afastados mas... Você é quem dorme demais. — Quando senti o tapinha na bunda seguido do sorriso de Adam, quase me derrubei. — Adam! Não! — Tentei afastá-lo, mas parecia que minha mão não tinha comando. — Me responda. E ai quem sabe. — Dei de ombros e soube o que fazer.
Tirei as mãos do rosto de Adam e passei novamente por sua espinha, um pouco mais lentamente para que ele sentisse um arrepio. Meu sorriso sádico se estampou no rosto. — O que me diz? — Falei baixo, enquanto levava meu rosto para o pescoço de Adam, dando algumas mordidas, onde já haviam alguns hematomas.  
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Qua Out 01, 2014 11:06 pm

Zoë pôs meu rosto entre suas mãos e me fez encará-la novamente. Por causa da diferença das alturas, eu a encarava olhando de cabeça baixa e ela me encarava olhando de cabeça erguida - moral do caralho que Zoë colocava em mim -, e confiante e autoritária, ela falou comigo. — Olha Zoë, eu... — Mordi o lábio, eu nunca havia parado para pensar na minha aproximação grande com Hanna, a gente apenas ficava juntos, as vezes ela sentava em meu colo sem maldade e ficávamos daquele jeito por horas. Desviei o olhar dela, tentando ganhar algum tempo.  Sua voz doce pedindo para que eu não mentisse me fez ficar um pouco triste. Eu não sabia o que responder, digo, eu nunca havia refletido sobre tal assunto. Antes que eu pudesse lhe responder, ela me bombardeou com mais duas perguntas, se eu sabia que ela gostava de mim e se eu gostava dela. Mordi o lábio um pouco forte, e por uma fração de segundos escutei a voz do Mudongo rindo e dizendo "Se fodeu" na minha cabeça. — E-eu realmente não sei se ela gosta de mim, Z-Zoë. — Gaguejei de nervoso, eu não queria realmente levar esse assunto adiante, e não sabia qual seria sua reação ao saber disso, ela poderia levar na boa ou poderia sentir ciúmes, ultimamente eu não venho reconhecendo minha irmã.
Zoë repreendeu meu tapa em sua bunda, e eu desfiz todo o meu sorriso safado. Revirei os olhos, eu mal conversei com ela e já estava cansado desde assunto. — Talvez ela goste de mim, talvez eu goste dela, eu não tenho certeza porra! — Falei sem paciência, sentindo um leve arrepio na espinha causado pela unha dela. — Mais tarde a gente conversa. — Tomei uma distância de Zoë e lhe dei as costas. Caminhei até o beliche e subi a escada para ir até a cama de cima. Me deitei duro e sem paciência lá e joguei a camisa do instituto na minha cara de poucos amigos.
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Qui Out 02, 2014 8:08 pm

Ele não tinha o direito de ficar nervoso comigo. Eu apenas estava fazendo algumas perguntas, e se ele queria transar deveria ter respondido elas de cara. Sua fala gaga só me deu certeza de que ele poderia nutrir sentimentos por Hanna, e mais uma vez, meu coração se apertou. Felicidade ou ciumes? Não sabia dizer. Tudo parecia uma confusão agora com Heath e Hanna ali. Os dois primos, que agora eu sabia, confundiam nossas cabeças. Ia começar a ser constrangedor para os Foxx e os Hellgäin.
Adam começou a se afastar de mim, e quando dei alguns passos para trás, senti a porta gélida de aço, me fazendo lembrar da pequena crise que eu tive. Se isso acontece sempre, eu iria precisar de Adam mais do que eu poderia imaginar... E quando precisasse, gostaria de não estar brigada com ele. — Adam... — Revirei os olhos e andei na direção da cama de cima do beliche, onde o garoto havia deitado emburrado e jogado sua blusa por cima de seu rosto. Andei até ficar de frente para a lateral da cama, bem onde o rosto de Adam repousava. Fiquei nas pontas dos pés e coloquei meu queixo em cima da cama enquanto procurava uma maneira de o chamar. E enquanto isso, passei meu olhar distraído pelo corpo dele. Ele estava com um volume em suas calças. Comecei a rir, estragando todo o meu suspense de estar ali. — Você realmente tá precisando, né? — Fiquei observando a blusa em seu rosto, com pressa para que ele tirasse e falasse comigo. Mas o mesmo continuou ali, deitado e imóvel. Tive a impressão de que ele estivesse resmungando algo, mas não ouvi direito. — Olhe, Adam... Eu queria saber. — Dei uma pausa, respirando lentamente em seguida. — Eu nunca havia percebido isso antes, então achei que você sentia algo por ela e eu não tivesse percebido também. — Baixei o olhar, vendo o quanto eu poderia parecer amigável aos olhos de Adam. E isso, era só com ele. — Se não quiser falar disso, eu entendo. Mas... Droga, você precisa virar o rosto pra mim? Idiota. — Ok, Zoë estava voltando.    
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Qui Out 02, 2014 8:30 pm

Com minha audição treinada para assistir pornografia a noite na TV da sala no volume 1, escutei Zoë caminhar até a lateral do beliche, chamando meu nome. Permaneci imóvel, um tanto quanto irritado. Se há uma coisa com o que eu não me dou bem, são perguntas. Senti uma leve alteração na distribuição e concentração de matéria do colchão e logo deduzi que seu queixo estava apoiado no colchão. A risada de Zoë confirmou minha suspeita, e eu mordi o lábio para não rir também e estragar toda aquela pose de "estou puto". Ela comentou discretamente sobre o volume que estava formado na minha calça e eu revirei os olhos. Respirei profundamente, esperando ela prosseguir para falar. Soprei impacientemente a camisa e a mesma levantou por alguns segundos e caiu em mesma velocidade.
Não demorou muito para ela começar a falar novamente, desta vez em um tom mais calmo e amigável. Sorri por debaixo da blusa, virando meu rosto para seu lado. A gravidade fez o resto do trabalho, a camisa escorregou lentamente pelo meu rosto e revelou um semblante sério, porém não intimidador. — É complicado, Zoë. — Suspirei profundamente, encarando-a no fundo dos seus olhos, me perdendo na vastidão azul que eles eram. — Eu não sei o que eu sinto por ela, sabe? É algo tão... Remoto e impreciso. — Mordi o lábio, voltando a olhar para cima. Batuquei os dedos da minha mão direita na minha barriga, meio impaciente. — Não me interprete mal. — Concluí, ainda olhando para cima.
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Qui Out 02, 2014 8:51 pm

Pelo movimento da blusa em seu rosto, eu sabia que ele estava suspirando e até mesmo sorrindo. A blusa, na altura de suas bochechas, se retraiu, mostrando que ele poderia estar brincando comigo. Mas mesmo assim, não fiquei nervosa.
Observei a blusa cair do rosto de Adam e olhei em seus olhos. Ele trazia pesar nos mesmos, parecia alguém que tinha acabado de matar alguém que amava. Ele poderia estar assim por causa de minhas perguntas ou por causa de Hanna... Mas tudo bem, eu não iria forçá-lo a nada. Levei minha mão em cima da cama e comecei a brincar com a tatuagem no braço de Adam enquanto escutava suas palavras. Meus olhos passavam da tatuagem para seu rosto sempre que ele dava uma pausa... E então, ele termina de falar e fita o teto esbranquiçado do quarto. Ele realmente estava sentido, e isso era uma das coisas raras em Adam: tristeza. — Tudo bem. — Suspirei enquanto levava minha mão para o braço dele. Meu intuito era pegar em sua mão, mas como a cama era maior que eu e meus pés já estavam levantados, apenas apoiei minha mão em seu pulso e passei a fitar o rosto dele.
Um sorriso começou a se apossar de meu rosto. Não era sádico e nem malicioso, era apenas divertido e provocativo... Mas Adam ainda não olhava e isso passou a ser uma missão. — Psiu. — Comecei a chamá-lo, sabendo que isso emputeceria ele ainda mais — Psiu, gatinho. — Levantei o tom da voz enquanto o chamado saia entre uma risada. — Comé que tá aí em baixo? — Dei uma pausa enquanto segurava uma crise de riso. — Deve estar tenso, ein? Puts grila... Que situação. — Tirei meu queixo da cama e me afastei um pouco. Vendo que Adam não estava interessado em olhar para mim, bufei e dei de ombros ao cruzar os braços em meu peitoral. — Hum... Então é assim? — Era a pior frase que ele podia ouvir de mim. Sempre quando éramos criança e ele não fazia algo que eu desejava/queria, eu sempre o atacava com essa frase... Não sei o motivo, mas isso o despertava uma raiva que o faria fazer tudo o que eu quisesse. Nunca entendi muito bem isso, mas... Era uma arma. — Então tá bom, Adam Foxx. — Outra arma. Nome completo, voz séria e ríspida. Eu estava prestes á tirar meu irmão do sério. Escondi o riso.   
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Qui Out 02, 2014 10:03 pm

Após o "tudo bem" de Zoë eu suspirei profundamente, aliviado. Então isso quer dizer que ela vai ficar quieta, né? Sua mão pegou no meu pulso e eu olhei discretamente para lá. Que porra ela tá fazendo?! Enfim. Fechei meus olhos para relaxar um pouco depois daquele diálogo tenso, quando escutei um "psiu". Porra Zoë! Ignorei-a, com o tempo ela iria parar. Fechei os olhos com mais força, tentando pensar em algo legal como furtar a cópia das provas um dia antes junto com o Heath, e aos poucos um sorriso foi esboçando em meu rosto. Então, ela me chamou novamente com aquele som irritante. "Você nunca desiste, cara?" Perguntei a mim mesmo. Com ar de riso, ela comentou sobre o volume dentro da calça, e eu apenas fiquei quieto. A culpa não é minha se meu amigo de baixo resolveu dar um Olá a Mortiri. Zoë pareceu desistir, pois ficou em silêncio por alguns... Merda, só alguns segundos.
Sua voz manhosa logo chegou aos meus ouvidos, com a frase mais mimada que eu poderia ter escutado. Ergui as sobrancelhas e olhei de lado para ela. Sério que ela estava apelando para isso? Okay. Depois, ela falou outra coisa que não me deixava ficar emputecido. Droga Zoë, a porra do sobrenome não. Suspirei profundamente para manter a calma e me sentei no beliche, cruzando os braços e olhando-a de cima. — Que que ta pegando, nanica? — Perguntei de tom controlado. Encarei-a ainda de sobrancelhas erguidas, e logo escorreguei da cama propositalmente até meus pés encontrarem o chão. Olhei-a dos pés a cabeça, com um olhar travesso. — É tão baixa que nem preciso mover o olhar para focar em todo seu corpo. — Falei sarcasticamente e de nariz empinado, estufando o peito. Falar sobre seu tamanho sempre a deixava irritada. Você quer jogar Zoë? Okay, vamos jogar.
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Qui Out 02, 2014 10:20 pm

Deixei o espaço para que Adam pudesse saltar da cama e ficar na minha frente. Eu sabia que funcionaria... Só que para minha surpresa, ele não estava afim de ceder. Seria tão mais fácil...
Em vez disso, ele cruzou os braços magricelas e olhou para mim com um olhar travesso enquanto me olhava das cabeças aos pés. Dali não iria vir boa coisa. E então, ele me olha nos olhos e eu já sabia o que vinha por aí. "Altura não" pensei comigo mesma enquanto sentia meu rosto inteiro se avermelhar. Porra, eu tinha acabado de sair de uma crise e ele iria me fazer voltar?! Não! Se ele queria brincar, então nós íamos ver quem iria ganhar. — Adam... Não começa. — Deixei escapar o comentário enquanto cruzava os meus braços e mudava o peso de meu corpo para a outra perna. Para o azar de Adam, eu sabia de tudo que o deixava puto. — Sério? Melhor ser baixa do que ser magricela o suficiente para se esconder atrás de um poste. — Adam sempre odiou ser a personificação de anorexia da família. Convenhamos, ele não era tão magro assim, principalmente depois do dia da explosão... Algo havia mudado em seu corpo, dado mais músculos do que antigamente. Mas para ele, ele continuava aquele magricela... Eu iria abusar disso. — Me diz como é ter dois palitos de comida chinesa em vez de pernas. — Abri um sorriso sádico e irônico, olhando ele da cabeça aos pés como ele fez comigo. — Tô muito afim de saber como você ainda não quebrou um osso enquanto anda por aí. — Dei de ombros e suspirei, transmitindo todo o peso do insulto para ele. Eu sabia que levaria apenas alguns minutos antes de nós dois cairmos na cama ou algo pior... As vezes - no pior dos casos - ambos não aguentavam o insulto e se pegavam na mão. É claro que Adam não me batia, mas ficava uns dias sem dirigir uma palavra sequer á mim. Era horrível, mas como eu também estava com raiva nem me importava muito... Até que Adam - sempre ele - vinha me dar um beijo na bochecha como quem não quer nada. Sempre odiei essa naturalidade em meu irmão.
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Qui Out 02, 2014 10:58 pm

Zoë também cruzou os braços e eu logo previ que a treta ia ficar maligna. Escutei sua primeira ofensa de sobrancelha erguida e um meio sorriso no rosto, que foi se desfazendo aos poucos enquanto ela proferia a frase. Revirei os olhos, ela apelou para falar do meu físico. — Você também não é nenhuma obesa, Zoë. — Rebati com sarcasmo na voz. Logo após, ela comparou minhas pernas com os palitos que os chineses usam para comer. Franzi o cenho e bufei, enquanto ela abria um sorriso irônico e sádico, repetindo o ato que eu fiz de lhe olhar da cabeça aos pés, falando em seguida que não sabe como ainda não quebrei algum osso andando. Rosnei entre os dentes, revirando os olhos. Não, ela não vai me deixar puto assim tão fácil. Avancei alguns passos em sua direção até ficar poucos centímetros de distância da mesma.
— Ei Zoë... — Chamei-a com ar de riso. — Vamos bater um papo reto. — Falei, enquanto levava minha mão a altura da minha boca e a mexia para frente, encontrando apenas o ar logo acima da cabeça de Zoë. Dei uma risada rouca e provocativa, dobrei os joelhos lentamente para frente e me inclinei em mesma direção, deixando minha boca quase roçando em seu ouvido. — Lembra de quando você era pequena e... Ops, você ainda é pequena! — Sussurrei roucamente de modo provocativo em seu ouvido, debochando de sua altura novamente. Okay, talvez eu devesse parar de provocá-la assim, pois a porra irá ficar séria se eu continuar. Dei alguns passos para trás e encarei-a, com um sorriso de canto. — E então, gatinha? — Dei ênfase no "gatinha", já que ela tinha usado termo semelhante comigo.
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Dom Out 05, 2014 10:47 pm

Não havia nenhum resquício de sorriso em meu rosto. Apenas uma cara sádica e ironica que serviria para deixar Adam puto. Olhe... Eu já tinha falado minhas palavras para que ele me pedisse desculpa e nós pudêssemos cair na cama. Mas não... Ele escolheu assim.
A cada momento, eu podia ver que a graça estava saindo do quarto para nunca mais voltar... Principalmente quando o rosto de Adam se desfaz em uma carranca horrível enquanto ele tenta atingir meu físico. Mas e daí? Eu era uma garota. — Sou diferente. Tenho peito e bunda, não sou uma vara. — Sussurrei baixinho para que ele não ouvisse enquanto sentia o calor do corpo de Adam chegando mais perto. Não sei se aquilo era possível, mas a cada momento que ele me tocava ou chegava perto de mim, o calor de seu corpo se emanava e eu poderia jurar que aquilo já tinha me feito suar. Mas aquilo não era possível. Observei seus olhos enquanto eles se aproximavam dos meus e por mais que eu não quisesse, tive de levantar minha cabeça para poder olhar para Adam. Cara... Como eu odiava isso. Pude sentir um furacão se fazendo eu meu peito. — Adam. Estou avisando... Não. — Falei baixo mas com um tom de voz autoritário. Ele não poderia continuar... Mas mesmo assim continuou. O garoto estava abusando da sorte... Dizendo coisas sobre como eu permanecia pequena e também me mostrando como era impossível o olhar nos olhos, já que minha cabeça batia em seu peitoral. A raiva começou a crescer em meu corpo, e sua última frase me fez perder a cabeça.
Empurrei o peitoral de Adam com as duas mãos, fazendo-o dar alguns passos para trás. Ele estava poucos centimetros da cama, mas mesmo assim eu continuei. — Eu disse... — Dei outro empurrão, fazendo ele se aproximar ainda mais da cama. — Para você... — Meu rosto estava quente demais. A raiva estava quase saindo de meu peito por todos os poros possíveis. — Parar! — Gritei enquanto dava o ultimo empurrão, tentando fazer com que meu irmão caísse.
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Dom Out 05, 2014 11:17 pm

Zoë fez algo que eu realmente estava esperando, mas não esperava que seria tão forte como foi. Ela me empurrou usando as duas mãos em meu peitoral, e eu dei alguns passos para trás como reação. — Wow... — Murmurei apenas para eu escutar, enquanto esboçava um sorriso de brincadeira. Então, ela me deu outro empurrão, falando algo que completasse o que ela falou ao me empurrar pela primeira vez, e eu novamente cambaleei para trás. Eu estava quase caindo na cama, só faltava apenas alguns centímetros para que acontecesse. Até que então, ela completou a frase com a última palavra, dando por fim o último empurrão, que me fez cair duro por cima da cama de baixo do beliche. Enquanto ia caindo, peguei rapidamente na cintura da minha irmã, trazendo-a para cima de mim. Senti a dor do impacto das minhas costas contra o colchão pouco confortavel de Mortiri e o impacto do corpo da irmã sobre o meu. Olhei-a com um sorriso sarcástico, nossos narizes estavam roçando-se um no outro e nossos rostos estavam perigosamente perto.
— Era só uma brincadeira. — Sussurrei, colocando uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. A respiração de Zoë ainda estava acelerada da adrenalina, e seu rosto estava totalmente vermelho. — Só uma brincadeira, Zoë. — Repeti quase em um sussurro, me ajeitando melhor na cama para não correr o risco de cair dela. Novamente, eu a havia provocado, a fiz ficar agressiva e agora já estava a mimando. Bem, essa era minha relação com Zoë. Fiquei em silêncio, com meu olhar fixo no seu, o sorriso ainda era um pouco torto e era quase impossível vê-lo se olhado rapidamente.
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Dom Out 05, 2014 11:30 pm

Toda a raiva que se apossava de meu corpo se esvaiu quando senti os dois corpos se batendo um no outro. Adam tinha me levado junto com seu corpo ao cair em minha cama, a beliche de baixo. Fiquei ali, por alguns segundos sem ter reação... Uma das coisas que eu mais odiava em Adam, era como ele era bipolar em relação á mim. Ele não sabia se me irritava ou me mimava, se me batia ou se apenas me observava... Eu odiava a incerteza que meu irmão me dava. Eu estava acostumada a estar sempre na frente, na liderança... E desde criança, ele sempre confundia meus sentidos.
Adam sussurra algumas palavras que, por eu estar nervosa, não consegui atender. E então, ele move uma mecha de meu cabelo para trás de minha orelha, conseguindo me acalmar um pouco para ouvir a próxima frase que sai da boca dele. Era uma brincadeira, disso eu sabia... Mas ele conseguia me deixar fora do normal apenas com algumas palavras, e eu odiava ser tão insegura assim. De um certo modo, acho que Adam sabe o quanto isso me incomoda...
Relaxei meu corpo e deixei que ele colasse no de Adam, minha respiração começou a se mostrar fraca e lenta, como em um gesto de calma. O calor que meu rosto emanava, não estava mais ali... Mas o calor do corpo de Adam começava a açoitar o meu. Levantei minha mão como um gesto automático e coloquei na teste de Adam, que fervia. — Ad, você tá quente demais. — Disse em um sussurro, quase tocando nossos lábios. O desejo que era comum entre nós só aumentava, eu estava lutando para que isso parasse. — É normal? — Molhei meus lábios e arrumei minha cintura na dele, deixando as duas em modo de encaixe perfeito.    
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Dom Out 05, 2014 11:50 pm

Seu corpo relaxou mais sobre o meu, sua respiração estava controlada e calma, em perfeita sincronia com a minha. O clima entre nós estava esquentando... Literalmente. Não demorou muito para Zoë pousar sua mão em minha testa e comentar sobre minha temperatura, falando com os nossos lábios quase se tocando. Dei um meio sorriso com aquilo, era como se eu tivesse uma certeza que ela continuava se importando comigo. — Pegando fogo, não é? — Respondi calmo e de maneira descontraída, com um pequeno sorriso de diversão estampado no rosto. Logo em seguida, ela perguntou se era normal, e eu franzi o cenho. Ultimamente desde que eu vim parar aqui, minha temperatura ficava alta, muito alta, e o mais intrigante era que eu não sentia frio, como uma febre normal faz. Claro que isso não é normal, mas Zoë não precisava saber. Eu estava em um hospital, certo? — Isso é o que você causa em mim. — Sussurrei maliciosamente e com um sorriso safado no rosto ao mesmo momento que nossas cinturas se encaixaram perfeitamente.
Coloquei uma de minhas mãos em sua nuca e lhe fiz um carinho ali, enquanto a olhava em silêncio. Estavamos quietos, um aproveitando a companhia do outro, algo realmente bom para um lugar como Mortiri, onde tudo é confuso e você não sabe se vai acordar no outro dia e ver sua irmã ou se ao menos vai se acordar no outro dia. — Zoë... — Sussurrei seu nome baixinho, passeando meus dedos por seu cabelo um tanto quanto longo, e de carona, conduzi minha mão até uma de suas nádegas, onde apalpei de leve. — As pessoas não nos acham dois irmãos normais. — Falei ao mesmo tempo que mordia meu lábio inferior. O tom presente era um pouco triste, de decepção. Eu sempre fui alguém que procurava algum tipo de aprovação alheia com algo meu, e saber que eu e Zoë era considerado algo "anormal" me deixava um pouco triste. — Acha que o que a gente faz é certo? — Questionei-a, olhando no fundo de seus olhos, usando um pouco de preocupação. — Digo, nossos pais são como nós, e não são bem vistos pela cidade. — Fisguei num ênfase a palavra "nós", mantendo o mesmo tom preocupado que antes.
Meu corpo finalmente parara de esquentar para se estabilizar em uma média de 43°, era possível ver algumas gotas de suor deslizando na testa de Zoë. — Você não está se incomodando, não é? — Perguntei colocando outra mecha atrás de sua orelha. E se isso fugisse de controle? Eu não me perdoaria se isso fizesse algum mal a minha irmã.
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Seg Out 06, 2014 12:08 am

Nossos corpos estavam se esquentando demais. Seria possível que esse calor era devido ao atrito entre os corpos? Acho que não... A temperatura ali estava quente, muito mais quente que um dia ensolarado de Londres. Aquilo era bom, devido ao lugar em que estávamos, um lugar completamente gelado e branco devido a neve espessa. Estar com ele, perto de seu corpo, era como estar envolta em um cobertor de veludo. Tudo estava bem... Se não fosse pelo calor em demasia. — Sim... Adam, pegando fogo. — Falei em um sussurro, mas como pra mim mesma do que para meu irmão, que agora estava fazendo alguma piada maliciosa sobre estar quente perto de mim. Não pude deixar de sorrir, já que aquilo que tínhamos no momento, era uma coisa que havia demorado para acontecer. — Você é idiota, Adam. — Falei baixo, ainda tremula por causa do calor, que agora estava chegando ao máximo. Podia sentir minhas coxas e minha camisa se ensopando enquanto eu continuava a olhar para os olhos azuis de meu irmão, uma marca registrada dos Foxx. Pensei em minha mãe e em meu pai, aqueles olhos azuis e brilhantes e a pele branca. Nunca tinha entendido o por que de meus olhos serem tão azuis, quase chegando á brancos... Mas eu gostava daquilo. Principalmente por mostrar que Adam tinha meu sangue.
E como se ele lesse minha mente, ele começa a falar sobre nossos pais... E sobre a nossa relação. Sempre soube que Adam não gostava muito de ser visto aos beijos comigo em publico, e sempre que nós dois nos tocávamos, ele hesitava por alguns segundos enquanto eu puxava seu corpo para o meu... Mas dessa vez eu tive certeza. — Adam... — Falei rapidamente, para que ele terminasse sua fala ali. — Eu não vejo problema no que fazemos. Você sabe disso. — Suspirei, sentindo uma gota de suor escorrendo em minha perna. — Para eles pode ser estranho, mas... Que se fodam, Adam. — O olhei, fitando diretamente. — Você ainda se preocupa? — Franzi minha testa enquanto mudava a posição de minhas mãos, colocando-as apoiadas no colchão, na lateral do rosto de Adam. Levantei meu tronco, tanto para me afastar um pouco do calor - que já começava a me provocar sexualmente - tanto para olhá-lo melhor. O garoto deve ter percebido sobre minha hesitação e então perguntou se o seu calor me incomodava. Era difícil responder... Mas a resposta em minha mente veio como uma bala. — Nem um pouco.    
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Seg Out 06, 2014 12:36 am

Quando Zoë falou que não havia problemas no que eu e ela fazíamos no tempo livre, senti instantaneamente um alívio no peito como se alguém tirou algum peso de lá, porém não era ainda o bastante, eu estava com muitos receios a respeito de nossa relação. — Sim, que se fodam. — Repeti uma curta parte do que ela disse, assentindo com a cabeça. Os belos olhos da minha irmã se fixaram nos meus, e ela perguntou se eu me preocupava. Mordi o lábio e fiquei em silêncio, observando as orbes geladas de Zoë que deixavam entrever a idéia de que eu poderia morrer de frio e ficar criogenizado apenas se encará-la por alguns minutos. Engraçado, essa linha de pensamento fez meu corpo esfriar mais um pouco, ainda acima da casa dos 40°, porém um pouco mais frio. — Zoë, não é nem por mim e sim por você. Eu vejo com as pessoas nos olham, e sempre é você o alvo das fofocas e comentários de mau gosto. — Fiz um pequeno biquinho, levando a palma da minha mão para sua bochecha e acariciando o local com o polegar. — Eu fico triste com isso. — Concluí com ar fúnebre, utilizando de minha mão em seu rosto para aproximá-lo do meu até que seus lábios macios se pressionassem contra os meus. Deliciei-me de seus lábios em um longo beijo de três minutos com paradas curtas de segundos apenas para recuperar o fôlego.
— Eu não sei se o que a gente faz é bom para você, bom para nós dois. — Sussurrei roucamente, ainda com os olhos fechados e os rostos extremamente próximos, os lábios roçando-se sempre que os movia para falar. Eu estava preocupado com a reputação da minha irmã, pois mesmo que as pessoas me olhassem com cara de nojo, eles olhavam pior para Zoë, como se ela fosse uma puta imunda, e mesmo que eu não deixasse transparecer, eu me preocupava cada vez mais com o rumo que nossas vidas estava tomando. — Droga, eu estou parecendo nosso pai nos dias difíceis de DR com a mãe. — Ri baixinho, separando os nossos rostos, para por fim voltar a encará-la./div>
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Mensagem por Eleanora Lacroix Canello Seg Out 06, 2014 3:18 pm

A temperatura tinha se abaixado, mudando a situação de exagerada para confortante, quase como um gesto delicado. Minha vontade agora, era de me entrelaçar nos braços de Adam e ali ficar. Que se foda se ele achava errado o que a gente fazia... Em meus pensamentos, eu achava que as únicas pessoas - entre nós - que não achavam isso errado, era apenas eu e Heath. Hanna e Adam sempre olhavam um ao outro com um calor no olhar... Independente se o nosso calor era maior, ele sempre iria olhar com outros olhos. Amor, será?
Balancei minha cabeça em um gesto disfarçado a tempo de sentir Adam aproximando meu rosto do dele. Enquanto isso acontecia, um pensamento tomou conta de minha cabeça. Todos esses anos, o meu "tipo" em garotos era exatamente a forma física de Adam. Isso era devido á nossa relação, que além de calorosa era intensa.
Me entrelacei no corpo de Adam, colocando minhas pernas entre as dele enquanto ainda o encarava. Então, ele toca em um assunto delicado... De como os outros olhavam para mim. Não importava se eu era a mais santa deles - o que não é verdade -, eu sempre seria o alvo dos comentários. Isso era fato, mas... Quem disse que me importava? — Ah, Adam... Qual é, nós estamos dentro de um manicômio. Precisamos mesmo ser normal? — Coloquei ênfase no mesmo, para ele perceber claramente minha opinião sobre aquilo. — Está tudo bem.. — Sussurrei enquanto ele pegava em meu rosto com o seu polegar e dizia que ele ficava triste. Eu até diria algo para ele, talvez alguma coisa alegre... Mas ele me puxou para um beijo longo, onde ficamos ali por mais ou menos três minutos. Nossos corpos se roçavam um ao outro, minha mão procurava o cabelo de Adam enquanto o trazia mais para mim com minha mão em sua nuca. O calor, que estava confortável, aumentou um pouco, ficando bom o suficiente para o ocasião. Teria demorado mais, mas Adam ainda hesitava.
Nossos rostos ainda estavam colocados e ao abrir meus olhos observei que os dele se encontravam fechados. Suspirei lentamente, ouvindo o que ele dizia. E lá estava novamente a hesitação. O que ele queria? Parar com aquilo tudo e nunca mais nos tocarmos? — Adam... — Chamei por ele, enquanto o olhava com uma cara impaciente. — Você quer parar com isso? Eu vou entender, mas não peça para aceitar. É bem provável que eu estupre você. — Falei a última palavra quase em um sussurro enquanto o via afastar nossos rostos e falar de nossos pais.    
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Mensagem por Adam Ehrström-Winchtöski Seg Out 06, 2014 4:34 pm

Quando Zoë perguntou se eu queria parar, minha resposta foi quase de imediata. — NÃO! — Exclamei alto, mais alto do que devia. — Eu não quero parar com você, Zoë. Eu amo sentir sua pele na minha, seus lábios nos meios, nosso suor formando apenas um. É tudo muito mágico. — Respondi-a com um sorriso bobo no rosto, vendo tudo o que eu falei passar como um filme na minha cabeça. Eu gostava de tê-la ao meus lado, isso era fato. Eu gostava de amá-la quase todas as noites na minha cama, isso era outro fato. — Eu só estou querendo dizer... Está tudo bem para você, continuarmos com essa coisa? — Perguntei-a com um olhar de garoto pidão, colocando outra mecha de seu cabelo atrás da sua orelha. — Significaria muito para mim. — Sussurrei roucamente no pé de seu ouvido como uma brincadeira, indo baixinho logo em seguida.
Senti uma corrente fraca de vento gostosa agitar alguns poucos fios no meu cabelo e apagar um pouco o meu calor corporal. — Eu não sabia que corria vento nos quartos de Mortiri. — Falei um pouco surpreso, com uma caretinha engraçada. — Ah que se foda de onde vem. — Concluí dando de ombros,olhando-a no fundo de seus olhos novamente. Permaneci em silêncio, passeando minhas mãos por seu corpo. Com a mão direita, tracei uma trilha de carícias que ia da cintura até a sua coxa, com a esquerda, ia da cintura até os ombros. — Acha que vão transmitir pelas caixas de som de Mortiri nos corredores a próxima Copa do mundo? — Propus um novo assunto.
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