1º Trabalho Pesado [19.11.2014]

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Mensagem por Abel Kzar Bondevik Dom Out 19, 2014 5:00 pm


trabalho pesado
O Sol ainda não iluminava o céu. O dia era deles, uma preciosa demonstração de força e do poder que o Governo possuía. Era extremamente fundamental, sem qualquer tipo de negação. O Trabalho Pesado preenchia os horários daquela manhã e os Captores assinalavam quem ia fazer o quê. Destemidos, serviam somente uma força naquele instituto: o Governo. Diretores poderiam pensar que os tinham nas mãos, mas nenhuma ordem era aprovada sem o consentimento dos grandes líderes mundiais. Mortiri era um jogo para cada Captor.
Arrastado por uma força sentimental, Abel caminhava pelos corredores silenciosos, enquanto os pacientes ainda dormiam. Os seus passos eram lentos, como pulsações. Os seus olhos percorriam a grande distância. As suas mãos comprimiam a pistola de mão, o revólver do Governo, perto ao peito. A sua respiração moderada era invisível aos ouvidos dos Cuidadores. A sua presença era como a de um fantasma, mas visível.

Ele acenou a cabeça, e a porta ao fundo do corredor abriu-se. – Seis e trinta da manhã. Inicio do dia setenta e quatro. Pacientes em transacção em cinco minutos. – Abel bateu com as botas no chão e alcançou a porta metalizada. Ele não falava sozinho, apesar de parecer. Ligado ao seu ouvido, um auricular comunicava com os restantes Captores espalhados em Mortiri, até alcançar algum funcionário destacado do Governo, que por fim informava os Diretores do Instituto. Abel passou pelas portas, que se fecharam atrás de si. O silêncio fora quebrado por uma sirene entorpecedora de uma só nota, e os corredores silenciosos e brancos de Mortiri ganharam a iluminação verde, enquanto os pacientes eram forçados a acordar.

Encontravam-se esfomeados e confusos. Os Cuidadores tinham sido substituídos por soldados de vestimentas pretas e verdes, com um rosto mais robusto e presença forte. Eles não esperaram que os pacientes se levantassem pelo próprio pé. Entraram nos quartos, de todos os corredores das duas Alas do hospital e obrigaram os pacientes a compor-se. Um captor por paciente. Abel fora destacado para organizar a transacção de pacientes, era da suma importância a vigilância do Captor por todos os corredores no início, enquanto decorria e no fim da transacção. Eles não eram Cuidadores, eles não compreendiam o que era o erro humano. Sem dizer uma palavra, observou os corredores da Ala Um e dos seus pacientes. Cada quarto possuía dois pacientes. Dois captores por quarto, para assegurarem que o paciente alcançava o Trabalho Pesado. Os pacientes viravam-se lado a lado para o corredor, à porta do seu quarto, até que o conjunto da Ala Um formasse uma fila direita. Os Captores deslocavam-se para o lado do paciente destacado, e começavam a andar. Era uma fila estranhamente rígida e completamente reta. Quem acelerasse, diminuísse o passo, caísse no chão, tudo o que poderia estragar a imagem, era automaticamente obrigado a voltar à posição de marcha original, pela força.

A Ala Dois era mais complicada, mas fora também realizada. Os pacientes foram obrigados a formar a fila, em duplas, mas cada captor levava um arsenal de granadas e dardos anti-poderes, armas de fogo e de paralisação, cada uma colocada sobre os coletes fortes ao peito. Eram reacções de segurança, eram reacções necessárias.
Andaram sem refeição durante cinco minutos, até alcançarem uma sala comum. As duas filas encontravam-se frente a frente, e Abel estava no meio, com uma poltrona verde ao lado, colocando delicadamente balas douradas no revólver. A sala era escura, sem janelas e com decoração baixa. O solo estava sujo, e pelo perímetro encontravam-se caldeiras de todos os tipos: antigas de aquecimento de gás e águas, e mais modernas que continham grandes fontes de electricidade, abastecendo Mortiri de todas as necessidades. – Bem-vindos, pacientes. Hoje, é com ao grande Governo que vocês devem responder. – Começou Abel, com oportunidade nas palavras. – Mortiri não irá dispor, somente, de festas e injecções. Aqui, vocês irão trabalhar em sectores que irão formá-los para a sociedade. As boas vindas à sala das caldeiras do hospital. – A sua voz ecoava pelo espaço, enquanto ouviam-se murmúrios de alguns ratos a passarem para lugares mais seguros. – Esta sala é essencial para a nossa sobrevivência, por tanto espero que a tratem com os devidos modos. Vamos começar, porque o nosso trabalho é longo. Cada Caldeira produz alguma coisa, mas todas elas funcionam através de um gás que sobe pelos canos, alcança as turbinas e acende a caldeira. – Abel não mexia um músculo além da face. – Ala Um será separada em dois grupos, e irá funcionar com o Aquecimento de Águas e Gerador de Electricidade. Ala Dois irá trabalhar, completa, no Aquecimento Central. A vossa tarefa é simples. Para cada paciente existe uma caldeira, o vosso trabalho é ligar as válvulas de gás para cada Caldeira, para que esta comece a funcionar. Mas atenção, o gás deve ser mantido debaixo de olho constantemente, pois assim que estiver ligado, a Caldeira poderá explodir. -  Abel engoliu a seco, erguendo a cabeça e estalando os ossos da coluna vertebral, no pescoço. – É de suma importância que acendam estas caldeiras e que mantenham-nas seguras, porque sem elas não haverá refeição. E sei como vocês estão esfomeados. Não haverá aquecimento nos corredores, muito menos electricidade para que vocês se sintam seguros. Além disso, não vão querer que uma caldeira exploda na vossa cara, pois não? Enfim, vamos iniciar. – Os Captores bateram as botas no solo e levavam os pacientes para as devidas caldeiras; de seguida, deixavam a sala e fechavam as portas de entrava atrás de si. – Vamos tornar isto ainda mais divertido. – Abel mirou nos canos de uma das caldeiras do Aquecimento Central e deu um tiro. Depois, voltou a mirar nos canos que ligavam o aquecimento de águas e o gerador de eletrecidade e voltou a realizar o disparo de dois tiros. – Assim que ligarem as caldeiras, o que vão fazer para comer, o gás irá sair lentamente pelos furos que provoquei. Vocês terão dez minutos até que o gás consuma toda a sala, quinze minutos até que o gás tenha entrado nas vossas vias respiratórias. Dezasseis minutos para que vocês possam tomar uma injecção dada pelos Captores no final do trabalho para sobreviverem. Será necessário que estejam completamente atentos ao gás entre quinze a dezoito minutos, até que possam deixar a caldeira de forma segura, então rezem que tenham ligado as válvulas a tempo de sobreviverem. Sim, será uma corrida contra o tempo, mas vocês irão necessitar de fazê-la. Façam o trabalho depressa e poderão comer e viver até um próximo nascer do Sol. – Ao terminar, Abel sentou-se na poltrona, e uma luz branca vinda do chão capturou-o num círculo, tornando-se num pequeno escudo protector invisível, uma barreira forte e maciça, seguro de tudo e todos.
 


recomendações importantes
>>> Não saiam do espaço, por mais que queiram. É a sala, simples e discreta, com caldeiras. Não mais do que isso.
>>> Abel está protegido com um escudo de energia invisível, podem tentar o que quiserem que nada irá afeta-lo, nem mesmo o gás. Podem gritar, espezinhar, pontapear, esmurrar ou até mesmo lamber o escudo que nada irá acontecer, ele simplesmente não quererá saber.
>>> O gás é letal a não ser que vocês tomem a vacina, como é o procedimento. Como está claro, muitos de vocês irão terminar o trabalho em quinze, dezasseis minutos nos vossos posts. Mas o gás entrou no vosso sistema respiratório, irá ter algumas consequências negativas - ou positivas, quem sabe -, por tanto isso será inevitável.
>>> As instruções deverão ser tomadas à risca, sem diretrizes.
>>> Cada Trabalho Pesado será one-post.
>>> Inicia-se às 17:00 da Tarde, horário de Brasília, 20:00, horário de Portugal. Postem até às 21:00 da noite, horário de Brasília. 01:00 da manhã, Horário Portugal.
>>> São seis e meia da manhã Online, o trabalho começa às seis e trinta e sete. Poderão sobreviver até às seis e cinquenta e cinco da manhã.
 

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Mensagem por Samuel Westford Blackfall Dom Out 19, 2014 6:11 pm

A noite estava sendo longa, consegui dormir tão bem que nem mesmo um ruído vindo do lado de fora conseguiria me acordar, imaginei que estava no paraíso, onde tudo é perfeito. Talvez tenha sido um dos únicos dias que eu tenha conseguido pregar os olhos e finalmente, conseguir dormir bem. Confesso que, as vezes, minha insônia atrapalha grande parte da minha estadia dentro de Mortiri, não que aqui seja um lugar bom, até por que é horrível, mas como não tenho possibilidades de sair daqui, preciso me acostumar com o lugar fechado e com as pessoas que ficam zanzando pelos locais comunais.

Por alguns minutos escutei um barulho estrondoso vindo do lado exterior do quarto, fiquei confuso. Coloquei as cobertas por cima de meu rosto, me encolhi abraçado com o urso, cochichando com o mesmo. -Quem são eles urso?- Perguntei curioso, quando vi a sombra dos homens adentrando o local. Eles eram grandes e fortes, pareciam ser tão brabos quanto os cuidadores, percebi que não eram pelo uniforme diferente. -Estou com medo...- Resmunguei sozinho quando a coberta foi tirada de mim num movimento rápido e preciso. A voz grossa dos homens me deixavam receoso e eu levantava seguindo as ordens dadas por ele.

Peguei o senhor urso para leva-lo comigo e recebi um tapa de um dos captores e isso foi o bastante para eu derrubar a pelúcia. -Deixa eu levar ele comigo.- Ele riu negando com a cabeça e me puxando pelo braço. Olhei para trás com a típica expressão facial de tristeza, não pude fazer nada ou poderia até mesmo levar um tiro no meio da testa por desobediência. Quando passei pela porta consegui avistar muito dos outros pacientes da ala um, enfileirados como sempre e usados como animais domésticos, não consegui pensar em nada, além de obedecer as ordens dos captores, eles nos levavam até alguma sala, essa onde teríamos que fazer um tal trabalho.

-Estou com fome senhor urso, me ajude.- Disse baixinho fazendo bico, imaginei estar falando com a pelúcia por telepatia, já que essa foi deixada no quarto. Caminhei olhando para frente, segui a fila sem exitar em fazer perguntas, embora estivesse com muito medo do que ia me acontecer, me mantinha firme e com postura até chegar na sala onde passariam a instrução do que fazer para os pacientes. A sala estava completamente nojenta, o chão sujo e até mesmo as paredes. Segundo o captor que passava as ordens, aquilo eram caldeiras, eram tão grandes que me davam medo do que ela podiam fazer, não me lembrava de ter visto uma daquelas na minha vida, mas mesmo assim, não exitei em prestar atenção em cada detalhe.

Caldeiras serviam para algo que eu ainda estava confuso, minha cabeça não deixava eu pensar nitidamente no que eu realmente precisava fazer, fiquei desviando os olhares a cada segundo e quando percebi novamente Abel já estava saindo da sala, com uma aparência fria e com um sorriso cínico, antes de ir fazer outra coisa, ele deu três tiros e começou uma nova ladainha, falando que tínhamos pouco tempo para fazer a tarefa e caso contrário seríamos mortos pelo gás que as próprias caldeiras geravam.

Meu estômago poderia atrapalhar no serviço que deveria fazer, afinal, estava roncando muito. Maldita seja a hora que decidi que iria comer pouco no jantar passado. Com pressa fui até uma das válvulas, fiquei receoso em liga-la, mas não exitei em tentar. Com cuidado eu a movi para então começar a gerar o vapor para as caldeiras funcionarem, observei o gás passando pelos canos e fiquei receoso quando percebi que um pouco dele estava vazando por furos feitos pelo captor. Observei o gás subindo e tentei controla-lo para que esse não viesse causar uma explosão vinda das caldeiras. Com uma das mãos coloquei ela sobre meu nariz e comecei a controlar minha respiração, estava com medo de ter um desmaio, então acabei evitando aspirar muito do gás, então controlei a quantidade de ar que entrava em meus pulmões. Retirei a mão do nariz e da boca a cada trinta segundos, na minha cabeça aquilo adiaria minha morte, mas mesmo assim tentei. Estive atento com o gás o tempo todo, o medo de acabar morrendo era tão grande que ficava observando se o gás subia e descia pelos canos, fiquei controlando observando a pressão que estava sendo feita, tentava estabilizar e controlar com cuidado, estava com receio que explodisse.

Girei a válvula com cuidado para ainda continuar estabilizando o gás que estava passando pelo cano. -Estou com medo urso...- Resmunguei baixinho com a voz fraca. Fiquei suando por um longo tempo, estava nervoso e tremendo, mas mesmo assim não exitei em tentar procurar a posição certa para a válvula, era de muita importância deixa-la da forma correta, embora fosse difícil. O tempo passou e o medo apenas aumentou, fiquei preocupado com o gás que ficava vazando, consegui perceber que muito dele já tinha entrado pelas minhas vias respiratórias, mas nada podia ser feito. A dúvida era enorme, ficar ali ou sair e tentar sobreviver? As portas estavam trancadas, escutei o barulho delas se fechando quando liguei a válvula.

O tempo todo que estive ali, fiquei de olho no gás, estabilizar ele era a palavra chave. Depois de longos minutos de medo consegui manter o gás na pressão correta, mas mesmo assim continuei receoso se estava seguro ou não. Era estranho perceber que minha cabeça estava um pouco zonza e o gás que me consumiu me deixava com uma certa tontura. Continuei com as mãos na válvula com medo que o gás subisse ou descesse demais e assim causasse a explosão, então me mantinha calado, apenas prestando atenção e tentando controlar a pressão para que ficasse estabilizada.

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Mensagem por Theodore Von Liech Dom Out 19, 2014 6:30 pm





Trabalho Pesado


A manhã tinha começado completa de forma atípica. Para começar, não fora os cuidadores a invadir nossos quartos e arrancarem nossas cobertas. Muito pior que isso. Quando abri meus olhos, deparei-me com uma arma apontada para a minha cara. Minha gelou e logo senti que minha vida havia chegado ao seu final. Não falei nenhuma palavra, apenas prendi a respiração e deixei as minhas mãos erguidas para o alto, não queria que ele pensasse que estava tramando alguma coisa. O que estava acontecendo? Não fazia ideia.

Saltei da cama, ainda com os pés descalços e fiquei encostado na parede. Ao contrário do que eu pensava, não estava diante de apenas um captor, mas sim de dois e o segundo mantinha sua arma apontada para Jynx, minha companheira de quarto. Estava bastante assustado, mas tentava manter a minha expressão fria, não queria que eles pressentissem o meu medo. Sobre a mira dos homens terminamos de nos vestir, seguindo então para o corredor, onde fomos separados em filas duplas. Ou seja, não era apenas minha companheira de quarto e eu que estávamos ferrados, mas também toda a ala dois. Preocupei-me com a minha irmã, pois com todo aquele tumulto, não conseguia vê-la e muito menos sabia como ela estava. Meu peito estava apertado.

Nos corredores também nos deparamos com outros captores, todos fortemente armados. As munições que estavam coladas em seu corpo eram as mais diversas, o que deixava claro que não teríamos chance alguma em uma possível rebelião, por isso, decidi que o melhor era ficar em meu canto e fazer tudo o que o homem que me acompanhava mandava. Seguimos pelos corredores por um período de cinco minutos, o que foi uma tarefa difícil para muitos, uma vez que não tínhamos comido nada até aquele momento e a fome era mais um empecilho para a nossa jornada. Quando eu diria que Mortiri era um inferno, eu não estava brincando.

O corredor nos levou a uma sala estranha, totalmente sem vida. Seu chão estava completamente sujo e a sua volta poderia ser visto todos os tipos de caldeiras. Também encontramos com os pacientes da ala um, ou seja, algo de errado estava acontecendo. Ainda não tinha compreendido a ausência dos cuidadores e até aquele exato momento, eu esperava pela chegada de um dos diretores. Mantinha-me calado, apenas observando as coisas a minha volta. Temia por minha vida e também pela dos meus amigos, uma vez que continuávamos na mira dos captores. Meu coração era a única coisa que conseguia se mover dentro do meu corpo.

O captor que parecia ser o líder da tropa tomou a palavra, tendo um jeito completamente agressivo. Era nítido que aquele homem, isto é, se fosse mesmo um homem, tinha um ódio imenso por nós e parecia não gostar de como as coisas estavam andando. Suas palavras eram hostis e deixava claro que não se importava nenhum um pouco com o que iria acontecer com nós. – Agora somos escravos... – falei para o paciente que estava ao meu lado, fechando a minha cara para os demais. Como se não bastasse viver naquele inferno, agora teríamos que trabalhar em situações precárias, o que deixou tudo ainda pior.

A tarefa fora dívida em duas partes para os pacientes da ala um e em uma para nós da ala dois. Minha função não parecia ser tão difícil, embora, não deixasse de ser perigosa. O que eu tinha que fazer era cuidar da pressão do gás, mantendo ele em uma pressão estável. Infelizmente eu não tinha muita certeza de como isso funcionária, por isso, teria que ser na base da sorte e também com muita paciência. Porém, as coisas ainda poderiam piorar. Como eu disse, o captor nos odiava, por isso, não hesitou em disparar três tiros, acertando os canos responsáveis por conduzir o gás. Agora estávamos em uma corrida contra o tempo, já que o gás era venenoso e poderia nos matar caso não tomássemos uma vacina. Era a prova que eu estava no inferno.

Claro que os captores não estavam preocupados com o gás que estava tomando conta da sala, usavam máscaras de gás, estavam imunes. Reclamar não resolveria meu problema, por isso, assim que senti a arma do homem bater em minhas costas, caminhei em direção a uma das caldeiras centrais. Encarei a válvula por alguns segundos, a estudando. Também notei que a caldeira possuía uma espécie de registrador, a qual me diria como estava a pressão do gás. Respirei fundo, deslizando meus dedos por meus cabelos, estava já suando, aquele lugar era muito quente. Também tossia um pouco, uma vez que o gás já começava a dominar a sala que nos encontrávamos. Movimentei meus dedos na direção da válvula, ativando-a. Não sabia o quanto precisava, por isso, fui abrindo aos poucos. – Droga! – resmunguei, percebendo que não tinha aberto o suficiente. Continuei abrindo a válvula, mantendo meus olhos no relógio e na caldeira. Sabia que não poderia ligar muito, pois isto resultaria em uma explosão e ai, era uma vez Theodore.

Conforme ia abrindo a válvula, sentia o cano tremer, o que mostrava que estávamos diante de uma situação precária. Não era uma tarefa fácil ajustar o gás, pois uma hora eu ajustava pouco e no outro, ajustava demais. Tinha que achar o meio termo, deixar tudo nos conforme. Porém, meu tempo era curto, tinha menos de quinze minutos para realizar a tarefa, ou então eu morreria. Tinha que sair daquele lugar o mais rápido possível. O gás começava a me deixar tonto e cada vez mais lento em minhas ações. Estava bastante afetado, mas não fazia disso um motivo para eu desistir da minha tarefa. Continuava a ajustar a válvula e a verificar o registro e a caldeira, estava morrendo de medo dela explodir em minha cara. Por isso, mantive-me diante dela, controlando o gás para que nada de ruim acontecesse, afinal, não queria ficar em pedacinhos. Não tinha o que fazer, se não completar a minha tarefa e esperar que o homem me liberasse. Esperava que ele não demorasse, pois o gás já começava a tomar conta dos meus sentidos. Eu estava muito mal....



Na sombra da morte...



Com: com os manos captores
Lugar: em algum lugar do inferno


danke ♣
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Mensagem por Jynx G. T. Hoegsmith Dom Out 19, 2014 7:05 pm


Trabalho Pesado


Tudo o que indicava este seria um dia como outro qualquer em Mortiri, vagar pelos corredores brancos entediado, alimentar-se com uma massa gosmenta sem sabor algum e após um certo horário voltar para a “cela”, ou o chamado quarto. Porém nada disso iria acontecer hoje,  Jynx fora acordada, até mesmo arrancada, de sua cama por um homem vestido de preto e verde quebrando o típico azul irritante dos Cuidadores.

A rapidez em que o soldado trabalhava era tão intensa que em um piscar de olhos a garota já estava encostada na parede oposta do corredor com Theodore ao seu lado. Atônita, não parava de se perguntar “O que está acontecendo?” enquanto seguia a fila por cinco minutos até uma sala escura em que as Alas se encontraram. Um homem igual aos Captores encontrava-se sentado em uma poltrona à sua frente, possuía um ar de superioridade sob o local, que logo começara a falar. Jynx ouvia atentamente o que ele dizia, percebendo que o Governo que havia lá fora possivelmente escondia Mortiri dos olhos da população, tentando entender tudo para manter-se a salvo. - Ala Dois irá trabalhar, completa, no Aquecimento Central. – Será lá que a garota direcionará sua atenção, três tiros foram ouvidos e o desafio fora iniciado.

Jynx fora levada até uma caldeira por um Captor, mas antes podendo ver que havia uma barreira protetora ao redor do homem sentado na poltrona. “Eles realmente estão com medo de nós?”.  Então o trabalho começara, Jynx dirigiu-se a uma válvula e começou a operá-la calmamente observando cuidadosamente o gás liberado, um ruído de vazamento inundou a garota de desespero, ela poderia morrer naquela caldeira!!! As mãos da garota enroscavam e desenroscavam a válvula cuidadosamente com o seu olhar fixo na pressão do gás tentando estabilizar a máquina que poderia matá-la. Conseguia controlar o gás, mas treze minutos já haviam se passado de pura inalação e começara a tossir, precisava controlar este gás logo, pois teria um pouco mais de três minutos de vida.

Finalmente conseguira estabilizar o gás, um sorriso aparecera no rosto da garota enquanto fechava a válvula completando o seu trabalho, seu desejo era correr para o lugar mais longe o possível das caldeiras, mas o local já estava completamente tomado pelo gás e Jynx não se sentia bem. Mantinha suas mãos na válvula caso ocorresse algo errado, tossia freneticamente sentindo-se mais fraca a cada instante e suas pálpebras começavam a pesar rendendo-se. – Por favor, alguém me ajude.


Can you see the dark? Can you fix the broken? Can you feel.. can you feel my heart? Can you owe the hopeless? Well, I'm begging on my knees, Can you save my busted soul? Will you ache for me?

Tks: Liiz@ TPO

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Mensagem por Tiberius Köhrn Winchtöski Dom Out 19, 2014 7:06 pm


Captores são, talvez, os tão aguardados inimigos, prontos para extinguir uma raça. Nem mesmo Tiberius, que perverteu a injecção mensal através de comportamentos dos Cuidadores, pôde descobrir quando os agentes do Governo iriam agir. Ele dormia na sua cama tranquilamente. A sua missão, de dar continuidade à evolução, de sobreviver, também o cansava. Ele necessitava pelo menos, quarenta e cinco horas de sono por mês. Três a quatro horas por dia seria o suficiente.
Mas Tiberius não sabia o que o esperava, e a sua mente estava a habituar-se aos poucos e estranhos motins de Mortiri. Uma sineta tocou. Uma só nota. Não significava Jogos, festividades e muito menos a Injeção que colocava a sua evolução em baixo nível. Mas mesmo assim, preocupou-o e levou a que se levantasse. Joy, a sua companheira de quarto, parecia acordar lentamente. Tiberius pensou duas vezes se deveria acordá-la. Mas em vez disso, deixou-se ficar levantado, de posição ereta, ao pé da cama, fitando a garota sem expressão alguma.

As portas abriram e uma luz verde confundiu. Não poderia saber que horas eram, mas não havia luz original. Colocou os óculos na cara; não era um Cuidador, era um Captor. — Bom dia. — O homem não deu resposta, apenas direcionou a arma contra o peito do paciente. Tiberius encontrou-se num acto de ameaça. O mínimo erro seria dado como um crime. Inspirou profundamente enquanto outro Captor entrava no quarto e acordava a presente paciente. Ele tentou analisá-los, mas era-lhe impossível. Eles não tinham uma única ponta solta. Não mostravam sinais, saídas de dedução. Captores seriam o seu grande problema.

A Ala Dois estava numa fila direta, sendo obrigados a andar pelo corredor que levava ao fim da Ala. Tiberius olhava para o chão, contando os seus passos mentalmente, ao lado da sua partilhante de quarto. Seis da manhã. Não sabia os minutos certos, mas a claridade do exterior não podia mentir. Desceram até alcançarem uma sala escura, suja, com Caldeiras antigas e outras modernas. Tiberius observou o local, levantando a cabeça. Era um centro de energia, perigoso mas essencial. Que falta de imaginação.
A Ala Um também estava presente, mas não havia câmaras, nem Diretores, muito menos Cuidadores. Eram somente Captores e os seus olhares cuidadosos.

O Captor responsável informava-os do seu devido trabalho. Iriam analisar as caldeiras, e iria ser necessário um cuidado derrubado. Eles queriam que algo corresse mal, assim poderiam extinguir o vírus, a nova evolução. Mas Tiberius sabia como Caldeiras funcionavam. Tinha lido um manual de diversos instrumentos da Grande Revolução Industrial, apenas por prazer. Gás de metaforismo, transformava o calor em energia, produzindo aquecimento de águas, energia elétrica. Uma data de materiais disponíveis, baratos e perigosos. Foram levados, cada um, para uma caldeira. Foi então que o Captor deu três tiros, acertando em Caldeiras aleatórias. O Gás de metaforismo iria entrar nas suas vias respiratórias se realizassem o trabalho. Mas era um trabalho necessário. A sua fome aumentava a cada minuto que passava. Ele nunca tinha sentido uma fome tão irracional como a que sentia no momento.

Delicadamente abriu a válvula. Os pontos de pressão iniciaram-se com os seus ponteiros vermelhos. Tiberius analisou a Caldeira cuidadosamente, tracou a válvula e o gás escapuliu pela ligação de ferro até à sua caldeira. Em poucos segundos, a sala começava a cheirar a mofo, até chegar a algo parecido a enxofre. Rasgando o pedaço da sua t-shirt, na manga, prendeu à volta do nariz e fechou e abriu os olhos repentidamente. Tinha que respirar o máximo de oxigénio possível antes dos nove minutos. Só assim poderia deixar a máquina estável durante os próximos três minutos, e tomar a vacina contra o gás. Mas havia mais. Se houvesse alguém sem qualquer conhecimento, o gás era altamente instável. Aquele lugar iria explodir se alguma caldeira explodisse. A sua segurança eram impossível. — Rasguem as vossas roupas e tapem a cara, pelo amor de Deus. Querem abrir a válvula enquanto desmaiam e pôr toda a gente em perigo? — Perguntou Tiberius, com uma cara de poucos amigos, enquanto procurava algum familiar seu no Trabalho Pesado. A sua família pouco se envolvia numa questão como aquela. Eles seriam, de tal forma, perigosos. Não pensavam, apenas agiam.

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Mensagem por Logan Scheubaer Hathaway Dom Out 19, 2014 7:33 pm

TRABALHO PESADO
THESE ARE THE THING WE LOST IN THE FIRE
Estava dormindo tranquilamente na minha cama quando um enorme estrondo preencheu o quarto por alguns milésimos de segundos, acordando-nos. Sentei-me rapidamente na cama e olhei para Nyx, no intuito involuntário de saber se ela estava bem ou não. Pelo menos não havia nenhum buraco nela provocado por uma bala, mas o homem, vestido em um traje preto e verde, parado na frente da porta, aclamava mais a minha preocupação.
O Captor esboçou um sorriso diabólico e forçou-nos a levantar, empurrando-nos até o corredor, que havia tomando um tom esverdeado por causa das luzes verdes que tomavam conta do local. O homem me posicionou no final da fila ao lado de Nyx, assim como fora com os que iam sendo deportados para fora do quarto — Estamos ferrados — pensei em voz alta.
Os Captores nos forçaram a andar adiante, mas dessa vez ninguém relutou ou resmungou. Os homens do governo pareciam exalar perigo para os pacientes, completamente diferente dos Cuidadores, que apesar de imporem suas regras de modo ditatorial, não provocavam tanto medo.
Andamos por cinco minutos até chegar em uma sala escura e um pouco úmida demais. Abel, o Captor que parecia comandar a parada toda, começou com o blá, blá, blá de sempre. Parecia que todos os funcionários de Mortiri adoravam discursar toda hora. Era muito mais fácil e prático eles apenas dizerem o que é para fazer e nos poupar de toda a ladainha e enchimento de linguiça que eles adoravam.
Daquela vez, eles nos mandaram fazer o trabalho sujo. Perguntava-me se a ordem para que nós concertássemos as caldeiras fora apenas para a diversão dos Captores ou se os Diretores estavam fazendo corte de gastos.
Abel atirou em três canos que levavam gás para as diferentes caldeiras, com o propósito de agilizar as coisas de forma mais divertida para eles. A situação apenas piorou a tensão que tomava conta de todos naquela sala. Como se não bastasse o perigo de alguma caldeira explodir, ainda poderíamos morrer sufocados pelo gás que vazava.
Rapidamente todos tomaram seus postos. Parei em frente à minha caldeira, sem ter a mínima ideia do que eu teria que fazer. Não sabia se eu temia mais morrer em uma explosão ou sufocado. Sem saída, coloquei minhas mãos à obra. Pelo menos teria uma mínima chance de sair vivo dali.
Olhei detalhadamente para a Caldeira, procurando conhece-la um pouco melhor. Eu já havia visto uma no porão da minha casa em Santa Mônica, mas nunca havia me dado o trabalho de saber como ela funcionava. Arrependo-me completamente. Observei que a carcaça de metal estava um pouco enferrujada e bastante suja, mas parecia apta para um bom rendimento. Seguindo o conselho de Tiberius, rasguei um pedaço da minha camisa e a amarrei envolta do meu nariz, tentando retardar a falta de oxigênio.
Com as mãos um pouco tremulas, segurei a válvula que liberava o gás para a caldeira e comecei a girá-la lentamente, de olho no registro que identificava a pressão que o gás passava pelo tubo. Com gotas de suor escorrendo pela minha testa, graças ao calor estonteante que a sala abrigava, vi o gás começar a escoar até a Caldeira, alternando entre muito pouco e um pouco demais.
O tempo ia passando e cada vez mais eu sentia o efeito do gás no meu corpo. Os cantos da minha visão estavam começando a escurecer, sentia os meus batimentos cardíacos cada vez mais lentos e meus movimentos não eram mais tão ágeis como no começo. Já havia perdido a conta dos minutos, mas pela quantidade de pessoas que já se encontravam no chão, sem forças para se manter em pé, eu já sabia que faltava apenas alguns minutos até chegar o momento fatal.
Um pouco mais seguro de mim, implantei na minha cabeça que eu era capaz de terminar com aquele trabalho imposto a mim. Segurei firmemente outra vez na válvula e comecei a tentar encontrar um ponto de equilíbrio do gás. Não muito, mas não tão pouco. A minha única meta era deixar a pressão estabilizada.  
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Mensagem por Romena Klattes Blavatsky Dom Out 19, 2014 7:41 pm

Gas Chamber

A noite estava quente demais para dormir, revirava na cama como uma minhoca no asfalto, tudo estava tranquilo como em todas as noites de mortiri, analisava cansada a tinta que descascava no teto do meu quarto, minha companheira de quarto parecia estar calma, agradecia a calmaria, sabia como alguns dias podiam ser mais tempestuosos que outros, quando meus olhos finalmente fecharam-se a sirene gritava como nunca, confesso que o susto me pôs de pé no mesmo instante, era um jogo?  mais uma injeção? não... isso parecia diferente.

Homens trajados de preto e verde entraram no quarto com tamanha violência que estava certa que dessa vez o governo decidira matar-nos, me seguraram firmemente pelo braço a  ponto que meu sangue parecia não conseguir correr, me lançaram em um fila fortemente vigiada com outro pacientes da ala 2, notei que muitos reclamavam de fome, eu particularmente ainda não estava, mas para um bom observador, aquilo não parecia coincidência.

Caminhamos como gado treinado por um tempo, até que ao chegarmos a uma sala um homem estava a colocar balas no revolver tranquilamente enquanto ditava as instruções que basicamente eram:

1 - sem jantar pra vocês mocinhos maus até o fim do trabalho.
2 - trabalhem nessas caldeiras sujas, seus escravos.
3 - caldeiras explodem não exploda os coleguinhas
4 - ops comi palhacitos no café por isso vou atirar nos canos, tentem não morrer com o gás que esta vazando.

Estava abismada com a naturalidade que ele agia, "ops eu tenho a injeção pra livrar  vocês de morrer com o gás mas só dou se trabalharem", cerrei os punhos enfurecida, me voltei para a estação que me foi destinada, agora ou eu me esforçava ou morria, a adrenalina ativou nas minhas veias, o calor das caldeiras imundava meu rosto de suor, lembrando do gás tirei a camisa e tentei molha-la em uma poça de água suja que escorria de algum cano, cobri meu nariz e boca com ela, talvez aquela medida retardasse o estrago causado pelo gás, em dado ponto podíamos perder a consciência e  flertar com a morte.

Observei o pequeno painel da válvula, isso indicava como eu deveria ajustar as coisas, abri a válvula com cuidado olhando o mostrador de ponteiros, sabia que não podia estar com a temperatura muito elevada, chutei que talvez fosse algo entre 49º a 52º graus, nada  muito elevado, portanto eu analisava a pressão que o gás saia ajustando aos poucos, não queria me arriscar, o chiado do gás que saia dos furos era alto, o que gerava um certo medo em mim, tentava respirar o minimo possível aquele ar impregnado prendendo a respiração, mas com o tempo seria inevitável, os minutos se arrastavam e o calor só aumentou, olhando em volta via algumas pessoas perdendo o ritmo, engoli seco, queria ajuda-las afinal uma besteira de alguém e todos morriam, mas sabia que se eu tirasse a atenção da minha sessão eu poderia ser a responsável por uma explosão.

O cheiro característico do gás tomou a sala por completo, o panico estava estampado no rosto de todos e tínhamos poucos minutos agora, parecia que finalmente tinha conseguido controlar minha válvula, agora era torcer para que os captores cumprissem a promessa e não tornassem aqui a nova Auschwitz.


xXx

 
 
 
clumsy @ sa!

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Mensagem por Charlotte D'Leroy Rampage Dom Out 19, 2014 8:20 pm



Now get this work, working on my shit.

O dia que mais temia havia chegado e eles não foram nada silenciosos. Eu não estava dormindo, é claro. Alguma coisa me dizia que sempre acordava de madrugada depois de ter sempre o mesmo pesadelo com minha irmã e completamente suada, acordava sem ar em meus pulmões, transpirando.

Meu corpo não encontrava-se suado, mas deitada de lado, permanecia sonhando acordada com uma vida que jamais teria. As portas foram abertas em um baque, e um arrepio frio percorreu minha espinha sem me dar tempo para mais reações. Eles eram exatamente dois, um para mim e outro para minha companheira de quarto. Com seus braços fortes e brutais, puxou-se da cama com violência e por um segundo, um grito escapou de minha garganta pelo ato de violência.

Minha pele translúcida provavelmente ficaria repleta de hematomas no dia seguinte. Isso não parecia ser o trabalho pesado, e sim parecia que seríamos levados para um matadouro. Fomos conduzidos rigidamente para uma fila perfeita ao lado da porta de nosso quarto, á força, é claro. Pude ver os pacientes que contradizerem fazer um movimento em falso  e serem castigados.

Estremeci. A ala um estava ali, e provavelmente minha irmã tinha sofrido da mesma nas mãos desses brutamontes. Parecia mais uma escola militar, onde traziam as piores pessoas do mundo para sofrer nas garras do Governo. Malditos sejam. Eles estavam ali, todos bem armados para a ala da qual eu fazia parte. É bem óbvio o motivo, tínhamos desenvolvidos habilidades, e acredite, bem assustadoras. Não é a mesma coisa que se vê em filmes e quadrinhos, é assustador e completamente incontrolável. Aquela injeção proibia de usá-los, mesmo que eu fosse rápida o suficiente para tentar impedi-los. Eles estavam prontos para isso, e mais do que nós, sabiam com o que estavam lidando.

Fomos guiados para uma sala  comum escura e suja, espalhadas, haviam imensas caldeiras que faziam um ruído estranho e por fim, meus olhos fixaram-se em uma figura ao centro, sentado confortavelmente em uma poltrona de coloração esverdeada. Ele logo começou a passar instruções e o motivo de estarmos neste lugar imenso e ligeiramente empoeirado. E diante de meus olhos, o homem atirou aleatoriamente nas caldeiras, aumento o risco de estarmos em contatos com ela.

Olhei-o furiosamente, perguntando se eles queriam nos matar. É claro que queriam, nossas vidas nada significavam para eles. O mais rápido, fomos conduzidos para as caldeiras e eu nada sabia sobre elas. Observei os pacientes a minha volta, esperando que um deles iniciasse seu trabalho para que eu pudesse imitar os mesmo movimentos e conseguir acabar logo com essa palhaçada. Meu estômago roncou, estimulando para que eu acelerasse. Como estava faminta, de verdade, poderia cometer um ato canibal com algum deles.

Mas antes que o fizesse, levaria um tiro daquele Captor maluco. Quase me perdi com a série de botões e válvulas, e uma gota de suor brotava em minha testa assim que as outras máquinas entraram em estado de trabalho e um cheiro forte e desconfortável tomou conta da sala que agora, parecia um forno. O cheiro começou realmente incomodar, e antes que pudesse trazer algum efeito negativo, tratei de rasgar metade de meu uniforme, deixando minha barriga à mostra para que pudesse proteger minhas narinas da fumaça. Eu o fiz, amarrando-a acima de meus cabelos e tampando meu nariz e boca. Comecei meu trabalho, tomando cuidado com as válvulas instáveis enquanto tentava permanecer um ritmo seguro da caldeira. Suava, suava e suava sem parar. Mas quer saber? Não era um trabalho pesado para eles, e sim para salvar a minha vida, como sempre.

Observava o manômetro atentamente, pronta para regular a válvula quando fosse necessário. A pequena seta vermelha movia-se rapidamente por alguns segundos entre a marca verde e amarela, voltando a marcação verde quando regulava a pressão na válvula. Por alguns segundos, observava as caldeiras que estavam furadas pelos tiros que haviam sido disparados pelo Captor que ali estava, sentado como se estivesse em seu trono, observando seus lacaios trabalharem. Bufando, volto minha atenção a ao manômetro que era de extrema importância ali. Minhas sobrancelhas se franziam pelo esforço, e minha testa se enrugava pelo trabalho que aquilo estava me dando. Permaneci em um silêncio pretensioso enquanto continuava com o trabalho que envolvia também minha vida.


Última edição por Charlotte D'Leroy Rampage em Dom Out 19, 2014 8:34 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Parágrafo repetido ç.ç)
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Mensagem por Neil M. Führ Dom Out 19, 2014 8:32 pm

Trabalho Pesado
You better work, bitch ò.ó

Finalmente tinha conseguido algum tempo de sono. Eles tinham sido bons o bastante para oferecer silêncio quando Neil ficou cansado demais, mas sabia que era apenas uma questão de tempo.. não iria demorar muito até voltarem a conversar entre si no barulho habitual, pouco se importando se poderiam ou não incomodá-lo. Fazia tanto tempo que já se acostumou, e nem sabia mais quando tinha começado. Contudo, precisava admitir, era bem irritante o fato de conversarem como se ele nem estivesse presente.

Imagens de seu passado, exibidas como em um filme. Era tudo que conseguia ver, incapaz de mover-se enquanto observava as cenas que o assombravam a cada vez que fechava os olhos. Sabia que estava sonhando, mas apenas as lembranças daquele dia eram o bastante para deixá-lo completamente paralisado pelo pânico. O cheiro de sangue invadia suas narinas e sua visão estava turva, a cabeça prestes a explodir pelos gritos incessáveis que ecoavam pela sua mente. Quando iriam parar? Era uma das perguntas que não poderia responder, ocupado demais vendo como aqueles desenhos eram bonitos. Ah, tão bonitos. Não deveria achá-los tão belos, mas era inevitável. Algumas vezes, acabava cedendo sua própria sanidade para escapar daquela realidade tão desagradável.

Repentinamente, tudo parou. A cena que antes observava desapareceu, assim como os sons que a acompanhavam, tudo substituído por o que parecia ser uma marcha, e das bem barulhentas. O quê estava acontecendo? Estava praticamente semi-acordado, as pálpebras ainda pesadas e bocejos a cada 5 segundos, mas realmente queria saber o motivo daquilo no meio da madrugada.. ou assim achava. Não saber em que horário estava era mesmo uma merda, mas só lhe importava que estava dormindo e não foi muito agradável ser acordado daquela maneira. Logo, passos foram se aproximando cada vez mais.

Alguém praticamente arrombou a porta, entrando no quarto e o segurando pelo braço com força até demais. Mas que porra..? Queria reclamar, mas sua voz não saía e, dando uma olhada melhor em quem tinha interrompido seu sono, percebeu que seria um grande erro. Era alguém diferente dos homens-de-azul, mais assustador e obviamente sem paciência pra qualquer tentativa de fuga. Perto dele, qualquer Cuidador poderia até parecer um pouco melhor. Foi arrastado para os corredores e logo percebeu que não era o único naquela situação, todos os outros pacientes de sua Ala tinham o mesmo olhar perdido e assustado.. ou irritado, dependendo da pessoa. Mas era de certeza que ninguém iria se atrever a tentar lutar contra algum deles, a menos que fosse muito retardado.

Como era de se esperar, formaram uma fila. Já estava até se acostumando com aquilo, acredita? Se obrigou a olhar constantemente para frente, mas acabou precisando prestar atenção nos próprios pés depois, por culpa de um mínimo tropeço. Felizmente, ninguém notou. Notava-se que não poderiam cometer um único erro ali, teriam que realizar tudo corretamente para não serem chamados a atenção, e estava mais do que óbvio que definitivamente ninguém queria aquilo. Eles pareciam que não iriam hesitar em usar suas armas caso necessário, e foi um dos motivos para Neil ficar perfeitamente quieto e obediente.

Passaram-se cerca de alguns minutos enquanto andavam em completo silêncio, mas Führ acabou percebendo algo no meio do caminho. Estava realmente com fome. Não tinha comido algo que preste desde sua chegada, então a situação apenas piorava. Aliás, para onde estavam indo mesmo? Não se lembrava de nenhum aviso dizendo que seria arrancado de seu quarto no meio da manhã para ir sabe-se lá onde, sempre ameaçado pelas armas e faces nada amigáveis de seus "companheiros". Quando finalmente pararam de caminhar, percebeu que estavam numa sala.. comum.

Não teve tempo para observar melhor o ambiente, porque todas as atenções se focaram em uma única figura masculina. Estava no meio da sala, uma poltrona verde ao seu lado enquanto colocava balas douradas em seu revólver. Estremeceu. É, também não parecia muito amigável. Revirou os olhos no momento que ele mencionou "trabalhar". Tudo bem, não tinha problema nenhum em realizar algumas tarefas para manter-se ocupado, mas não poderiam arranjar um horário mais apropriado ou, pelo menos, ter mais gentileza na hora de levar todos pra lá? Manteu-se em silêncio enquanto ele continuava explicando as coisas, mas algo o fez recuar. "pois assim que estiver ligado, a Caldeira poderá explodir." Ah, maravilha. Se não tivesse cuidado, o lugar fazia boom.

Ouviu atentamente as instruções do homem, a expressão neutra na medida que falava. Aquilo parecia ser algo relativamente simples, se não fosse pela probabilidade de explosão a partir do momento que ligassem o gás. Entendia que era necessário para que comessem e tivessem energia, mas não conseguia conter a hesitação que tomava conta de si. Sabia que precisaria ter muito cuidado e aquilo o deixava nervoso. O pensamento de ter uma caldeira explodindo no meio da sua cara não era nada agradável, e sabia que todos deveriam estar pensando o mesmo.. ou não. Ao menos, quase todos tinham a mesma mistura de confusão e medo estampadas na face ou demonstrada por pequenos atos, seja uma mão tremendo ou uma inquietação aparente.

Qualquer resquício restante de sono dos momentos anteriores já tinha desaparecido naquele ponto, mas algo chamou sua atenção repentinamente. Bang. Tiros ecoavam pelo local, e o Captor voltou a falar. Ele estava zoando, 'né? Infelizmente para Neil, parecia que não. Suspirou pesadamente, tentando memorizar todas as informações oferecidas enquanto ainda tinha tempo. Teria pouco para concluir a tarefa antes que alguma merda acontecesse.

Se obrigou a ir rapidamente em direção à uma das válvulas, logo notando que esta possuía um tipo de registrador para indicar a pressão do gás. Precisou tomar coragem antes de abrir a válvula aos poucos, o gás vazando lentamente pelos furos causados pelo Captor e passando pelos canos. Observou brevemente o que todos os outros faziam, e então contraíu os lábios. Era provável que alguns não tivessem qualquer conhecimento sobre o funcionamento das Caldeiras, e esperava estar bem longe daquelas pessoas em especial. Não como se ele fosse muito diferente, mas ao menos sabia um pouco.

Imitou o ato de um rapaz e rasgou um pedaço de sua manga, apenas o bastante para cobrir o nariz, respirando fundo em seguida. Era melhor inspirar a maior quantidade de oxigênio possível antes que o gás começasse a invadir suas narinas, porque só assim poderia prosseguir sem maiores problemas. De fato seria difícil controlar o gás e por isso mantinha as mãos na válvula em caso de alguma mudança repentina, de vez em quando mexendo um pouco para deixar tudo bem equilibrado. Os canos tremeram uma vez e aquilo o fez ajustar melhor a válvula, um pequeno esforço sendo feito para manter uma aparência calma, mesmo com as gotas de suor escorrendo de sua testa. Se limitava a limpá-las e voltar ao trabalho.

Quando passaram dos nove minutos já tomava mais cuidado com a quantidade de ar que respirava, no fundo esperando que aquele trabalho não fosse se repetir frequentemente. Constantemente olhava o registro para ver como estavam as coisas, os dedos já dormentes por causa da força involuntária com a qual apertava a válvula. O tempo corria e tudo estava sob controle ━ ou quase ━, mas o local em si estava coberto por tensão. Realmente não tinha ideia de quando seria liberado daquela merda e, infelizmente, só lhe bastava esperar.
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Mensagem por Joy Hörn Kowalczyk Dom Out 19, 2014 8:56 pm


❝ Bite the hand that feeds ❞

Esforçava-me para ouvir, ou até mesmo, para abrir minhas pálpebras.  Uma sineta tocou, encorajando-me ou temendo a levantar antes que fosse tarde demais. Costumava ficar a madrugada desperta, mas a proximidade do amanhecer, obrigava a mim mesma a dormir, descansar pelo pouco tempo que fosse. Pela primeira vez estava grata por não ter algum parente por perto, ter certeza que estava apenas eu passando por isso é uma verdadeira dádiva, ainda mais quando se é obrigada a manter-se neste lugar. Mortiri, meu inferno na terra. Levantei-me lentamente, sabendo que a qualquer hora algum Captor poderia materializar-se e obrigar-me a levantar da cama da maneira mais brutal possível. Foquei em Tiberius, que já desperto esperava. Ele sempre fora muito quieto, passando a maior parte do tempo perdido em seus pensamentos. Pelo menos, não era um maníaco ou psicopata louco como os outros. Era melhor assim, seu silêncio me favorecia, por mais que meus pensamentos não fossem a melhor forma de escapar da minha realidade.

Imaginei que fosse manhã, menos quando uma luz verdade iluminou o quarto assim que a porta abriu-se em um baque. Dois Captores adentraram o local, armados da cabeça aos pés. Eu não tinha chances, como jamais teria em Mortiri para ser livre. Eles não tiveram reação, o primeiro aproximou-se de meu companheiro de quarto, que encontrava-se mais próximo. O outro, tratou de me intimidar. — Não...! — minha voz não passou de um sussurro fraco quando protestei ao contato do homem com minha pele e suas mãos imensas e fortes ao agarrar meu braço. Contra nossa vontade, fomos guiados para o corredor, seguindo em uma única fila na companhia de meu companheiro de quarto. Permaneci em silêncio, trêmula ao recuperar-se da forma que tinha sido abordada pelos perigosos Captores. Antes que pudesse ouvir mais pretextos de outros adolescentes, fomos guiados para seguir ao fim da ala e chegar a uma sala escura e suja.

Meus olhos arregalaram-se quando observavam a série de imensas máquinas que produziam barulhos estranhos. Já poderia ter ouvido falar, mas não era um lugar que poderia ter frequentado, é claro. Talvez em uma aula prática ou recordação de uma aula de história sobre a evolução industrial, ou estava deduzindo demais, talvez. Não era somente nossa Ala que encontrava-se presente, a Um também encontrava-se ali com seus pacientes com problemas psicológicos. Deparei-me com um único homem são e esqueci a sala ao torno de mim por completo. Ele estava sentado em uma poltrona estranhamente verde, segurando uma pistola  e a recarregando, como se já tivesse pronto para a matança e realmente estava. Nem queria saber sua reação caso acontecesse um motim. Logo, fomos conduzidos um a um para as caldeiras. Uma série de válvulas foram apresentadas e nosso trabalho seria mantê-las instáveis ou as consequências seriam terrivelmente severas.

Meus cabelos começaram a pregnar em minha nuca por conta do calor. Encarei os botões e como aprendera rapidamente como manuseá-las, já que apenas uma observação nos pacientes foram preciso para tanto. Parei de respirar pelo nariz quando o oxigênio tornou-se insuportável para inalá-lo, muito quente e arenoso por conta da sujeira. Meus dedos nervosamente tateavam a válvula, e meus olhos mantinham-se na pressão, fixados nos ponteiros vermelhos que significavam o quanto estava progredindo ou não em meu trabalho.

Nervosamente tateava e preocupava-se com o funcionamento da máquina ao temer sua segurança, obviamente, temia com os resultados caso desse errado meu serviço. Permanecia em silêncio e respirando com dificuldade apenas pela boca ao permanecer concentrada em meu trabalho, observando solenemente a pressão e minhas mãos ágeis ao movimentar as válvulas. Temia que fosse errar a dose, mas lembrava a mim mesma que minha vida dependia disso.

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Mensagem por Lizzie A. Fitzgerald Dom Out 19, 2014 9:05 pm



Trabalho pesado
Os pesadelos não me deixavam dormir, não fazia ideia de quanto tempo estava acordada encarando o teto apenas escutando a respiração regular da minha colega de dormitório. E pra melhorar tudo eu não tinha me alimentado bem na noite anterior e isso estava me incomodando, minha barriga estava inquieta, gritando por comida. Escutei uns barulhos esquisitos no corredor e logo me levantei para ver o que era, mas não foi o preciso, a porta do meu quarto se abriu com tanta violência que minha colega de quarto caiu da cama em meio ao susto.

Dois homens vestidos de preto e verde adentraram o quarto e enquanto um deles me puxava pelo braço para fora do quarto, o outro foi em direção a minha colega de dormitório. — Bom dia pra você também, senhor — Falei com a voz carregada de ironia, mas o homem não me respondeu. Apenas me tirou do quarto e me jogou numa fila junto com os outros pacientes da minha ala. Esfreguei meus olhos, agora eu podia me xingar mentalmente por não ter dormido. Segui a fila enquanto colocava minhas mãos sob a barriga, ela não parava de resmungar nenhum minuto.

— Calada, maldita, você vai ter que esperar — Resmunguei entre dentes enquanto continuava seguindo a fila. Fomos direcionados até uma sala, essa era escura, sem janelas e tinha uma decoração horrenda. O solo da sala estava precisando de uma limpeza urgentemente, pisei no chão com uma careta de nojo, e me virei para fitar as muitas caldeiras que tinha por ali, eu não sabia mexer com geradores de vapor e temia que era exatamente para isso que tinham nos arrastado até ali, demorou algum tempo para que eu percebesse que eram aquelas caldeiras que mantinham Mortiri.

O chefe dos captores chamou nossa atenção enquanto nos dava boas vindas e nos explicava o que iríamos fazer ali. O captor não era muito amigável e isso ficou claro quando ele atirou em uma das caldeiras, fazendo com que um gás nojento começasse a sair dali, depois nos avisou que tínhamos que fazer o trabalho o mais rápido possível para sairmos vivos e assim, poderíamos ir comer em paz. — Filho da puta — Resmunguei enquanto via ele se sentar na poltrona verde e corri para ligar uma das válvulas.

Girei a válvula e soltei um suspiro enquanto ficava de olho nela, estava suando e cansada. Tudo o que eu queria era terminar aquilo e sair dali para ir comer e depois voltar ao meu quarto, aquele trabalho era uma coisa nova, nunca tinha passado por aquilo antes em mortiri e isso me deixava inquieta, agora sabia que teria que fazer isso sempre. Pelo menos sabia que teria que estar preparada. Enquanto me certificava de que nada ia dar errado, o gás vazando se certificava de dificultar o meu trabalho. Apesar de tudo não tirei em nenhum momento as mãos da válvula, arregalei os olhos para me manter acordada e manti minha atenção na válvula, se eu esquecesse que o gás estava vazando seria melhor. O gás estava me deixando meio zonza, mas isso não foi o suficiente para me fazer parar de prestar atenção na válvula.

Ficando incomodada com o gás, puxei minha blusa para cima com a mão livre e cobri meu rosto até acima do nariz, minha respiração estava descompassada e eu duvidava que fosse durar mais muitos minutos ali. Os outros não estavam muito diferentes de mim, mas eu me manti firme para que nada de ruim acontecesse, agora minha meta era manter era deixar a pressão estabilizada para que nada de ruim acontecesse.
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Mensagem por Abel Kzar Bondevik Dom Out 19, 2014 10:05 pm


trabalho pesado
Abel observava os pacientes a sufocarem lentamente com o gás estranho que escapava pelos furos. Pacientes eram parasitas. Mereciam sofrer, serem esmagados. Não era uma questão pessoal. Era simplesmente o seu trabalho. As portas abriram, e ar puro entrou na sala. Luzes acenderam-se no teto, com breves interevalos, e os Captores entraram na Sala das Caldeiras utilizando máscaras de gás. Várias seringas encontravam-se nas suas mãos, e aos poucos, eram entregues a cada pacientes, penetrando as vias circulatórias no pescoço, introduzindo a cura para toda a sufocação. Os pacientes sentiam-se fracos, mas apenas por um ato de boa vontade, foram arrastados pelo chão até à parede, e assim encostados uns aos lados dos outros, transpirados e sujos.  – Ligar sugação. Inicio de atividade de segurança. – Ouviram-se pequenas frisuras na parede a abrirem-se, e em poucos segundos o gás que era tão mortal já não existia na atmosfera da sala. A proteção de Abel desligou-se, e ele pôde finalmente juntar-se aos restantes captores que tiravam suas máscaras.

Frente a frente aos pacientes, Abel avaliava-os. Parou num paciente da Ala Um, desconhecido por todos. Olhava para o chão e tremia. Num gesto rápido, Abel deu um tiro; fora certeiro. O paciente desconhecido caiu no chão, com um furo na testa. O tiro ainda ecova nos ouvidos dos pacientes.  – Que isto vos sirva de lição. Este garoto aqui abriu a válvula por três minutos a mais do que era esperado. Pôs em causa uma explosão que levaria à morte de Captores e, menos importante, vocês. O castigo connosco é único: morte. Trabalharam, e agora a merecida recompensa será entregue. – Cuidadores e Enfermeiras entraram na sala, agarrando os pacientes das suas devidas aulas. Cansados, exaustos, com dificuldades em andar e respirar, os habitantes de Mortiri deixaram os Captores para trás, regressando às suas Alas esperando que houvesse comida suficiente para lhes encher a barriga por alguns minutos, abandonando o corpo morto, no chão.
 


premiações
 Peçam a atualização de Mochilas, com o link do Trabalho Pesado para a devida referência. As recompensas e feridas a nível físico irão ser introduzidas, também, na mochila.

»  Samuel Westford Blackfall
- Dificuldades Respiratórias (Duração: Até 30 de Outubro).
- Um parafuso pequeno.
- Relógio de Pulso pequeno.

» Theodore Von Liech
- Cortes nas mãos.
- Pedaço de vidro pequeno (não-cortante).
- Uma caixa de Fósforos (Quant.3)

» Jynx G. T. Hoegsmith
- Cortes nas mãos.
- Hematomas nos braços.
- Dores a nível de coluna.
- Pedaço de vidro grande (cortante).
- Colar de ferro antigo.

» Tiberius Köhrn Winchtöski
- Cortes nas mãos.
- Dores de cabeça.
- Pokébola de brincar.
- Uma Caneta Azul.

» Logan S. Hathaway
- Dificuldades Respiratórias. (Duração: Até 30 de Outubro).
- Pedaço de Vidro Grande Frágil (Cortante e Quebrável).
- Lápis de Cor.

» Romena Klattes Blavatsky
-  Anulação Total de Poderes devido ao Gás. (Duração: 22 de Outubro).
- Livro: "A minhoca Assassina".
- Casaco de malha castanha, roto.
- Boné sujo de baseball.

» Charlotte D'Leroy Rampage
- Queimaduras fracas nas mãos.
- Dor de cabeça.
- Uma Caneta Verde.
- Uma caixa de cigarros. (Quant.1)

» Neil M. Führ
- Dificuldades Respiratórias (Duração: 30 de Outubro).
- Queimaduras gracas nas mãos.
- Isqueiro antigo.

» Joy Hörn Kowalczyk
- Hematomas nos Braços.
- Uma caixa de fósforos. (Quant.5)
- Um cão de peluche.

» Lizzie A. Fitzgerald
- Hematomas nos Braços.
- Queimaduras fracas nas mãos.
- Um colar de pérola, antigo.
- Um agulha frágil.

Ferimentos, de qualquer tipo, devem ser tratados na enfermaria, com um post.
 

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